Em manifesto, terrorista da Nova Zelândia critica Brasil
Para Brenton Tarrant, a diversidade racial "dividiu" o país
O manifesto deixado por Brenton Tarrant, terrorista que protagonizou o ataque contra duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia, faz uma menção ao Brasil.
No texto, Tarrant cita o maior país da América Latina em um capítulo chamado "Diversidade é fraqueza", no qual ele critica nações abertas a outras culturas e miscigenadas.
"O Brasil, com toda a sua diversidade racial, está completamente dividido como nação, onde as pessoas não se dão umas com as outras e se separam e segregam sempre que possível", diz o australiano de 28 anos.
O manifesto tem 74 páginas e é dedicado à defesa da "supremacia branca" e aos ataques contra o Islã. O terrorista se inspirou no norueguês Anders Breivik, autor de um massacre com 77 mortos em Oslo e Utoya, em julho de 2011, e que também deixou um documento com sua ideologia.
O texto escrito por Tarrant se chama "A grande substituição", em referência a um livro do francês Renaud Camus, que defende a ideia de que a maioria branca da Europa está sendo substituída por imigrantes africanos.
O terrorista também cita o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um "símbolo da identidade branca renovada" e admite que seu objetivo com o atentado de Christchurch era criar uma "atmosfera de medo" e "incitar a violência" contra imigrantes.