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Em meio ao coronavírus, Biden busca maneiras de igualar financiamento de Trump

17 abr 2020 - 11h36
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O democrata Joe Biden está começando a receber uma ajuda muito necessária para tentar competir com o cofre eleitoral gigantesco do presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, mas o ex-presidente tem uma defasagem imensa para correr atrás nos próximos meses.

Candidato democrata à Presidência dos EUA, Joe Biden discursa sobre novo coronavírus em Washington
12/03/2020
REUTERS/Carlos Barria/
Candidato democrata à Presidência dos EUA, Joe Biden discursa sobre novo coronavírus em Washington 12/03/2020 REUTERS/Carlos Barria/
Foto: Reuters

Ex-funcionários de seu antigo chefe, Barack Obama, estão planejando arrecadar para o futuro indicado presidencial democrata, ex-rivais como Elizabeth Warren estão usando suas listas de doadores em benefício de Biden, e, em breve, a campanha do ex-vice-presidente pode fechar um acordo com o Comitê Nacional Democrata que lhe permitiria receber doações muito maiores.

São sinais positivos para uma campanha que trabalha furiosamente para encontrar formas de atrair financiamento desde que a pandemia de coronavírus deixou milhões de norte-americanos sem emprego e obrigou a disputa pela Casa Branca a migrar para um ambiental totalmente digital neste ano.

Mesmo com os novos apoios, Biden ainda sofre com uma desvantagem financeira considerável para a eleição de 3 de novembro contra Trump, um arrecadador prodigioso que está arrecadando fundos para a votação desde 2017.

"Acho que neste momento é muito difícil arrecadar dinheiro", disse John Morgan, advogado da Flórida e doador político de longa data. "As pessoas ainda não sabem se estão arruinadas financeiramente".

Nesta semana, a campanha Trump e o Comitê Nacional Republicano disseram ter recebido impressionantes 212 milhões de dólares neste ano, o que deixa o presidente com 240 milhões em dinheiro nas mãos.

A campanha Biden ainda não anunciou seu total arrecadado em março, mas contava com cerca de 12 milhões até 29 de fevereiro, antes de suas vitórias decisivas em primárias democratas.

Biden já não era um grande arrecadador mesmo antes de o coronavírus transtornar a cena política, só tendo sucesso de fato nos meses finais da corrida presidencial democrata.

Agora sua campanha espera que as declarações de apoio de Obama e dos ex-adversários Bernie Sanders e Warren nesta semana dará ímpeto à arrecadação, ajudando-a a acessar uma rede mais ampla de doadores abastados.

Na quinta-feira, Biden disse a doadores que o apoio de antigos concorrentes o ajudou a amealhar 5,25 milhões de dólares ao longo de dois dias nesta semana.

Alan Kessler, um advogado da Filadélfia que organizou vários eventos para Biden, disse que a campanha relutou em pedir dinheiro às pessoas nos estágios iniciais da pandemia, que lançou a economia do país em sua pior retração em décadas.

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