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Em vídeo, homem com uniforme militar na Venezuela pede que Maduro não seja reconhecido

21 jan 2019 - 10h02
(atualizado às 15h56)
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Um homem com uniforme militar que se identificou como sargento da Guarda Nacional da Venezuela pediu, ao lado de outros militares, que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, não seja reconhecido como chefe da nação, em vídeos divulgados nesta segunda-feira por meio das redes sociais.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro 15/01/2019 Palácio Miraflores/Divulgação via REUTERS
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro 15/01/2019 Palácio Miraflores/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

Em um dos vídeos, um homem vestido de verde se identifica como o terceiro sargento Wandres Figueroa e diz que eles estão contra o "o regime o qual desconhecemos completamente... preciso do apoio de vocês, saíam às ruas, aqui estamos nós".

Em nenhum dos vídeos se escuta barulho de disparos, apenas homens caminhando, alguns com fuzis, no pátio de um quartel identificado como posto da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) em Cotiza, na região oeste de Caracas.

Algumas unidades das forças de segurança venezuelanas se encontravam no entorno da unidade militar e bloqueavam vias principais próximas do local desde as primeiras horas do dia, segundo fotos e relatos nas redes sociais.

O Ministério da Informação não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

O político opositor Julio Borges disse em uma postagem no Twitter que "o mesmo descontentamento e desejo de mudança que motivou a revolta da GNB em Cotiza existe dentro de toda a FANB", sigla da Força Armada Nacional Bolivariana.

A ex-procuradora-geral Luisa Ortega, por sua vez, escreveu na rede social que "a valentia destes homens da Guarda Nacional nos demonstra que há dignidade e vontade nos quartéis para sair da tirania".

Nem o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, nem o chefe do comando operacional, Remigio Ceballos, comentaram o incidente mostrado nos vídeos, em que apenas o som de panelas é ouvido nos bairros vizinhos.

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