Em votação acirrada, liberais alemães decidem permanecer em turbulenta coalizão de Olaf Scholz
Por uma pequena maioria, os membros do partido liberal alemão Democratas Livres (FDP) optaram, após votação não vinculativa, por permanecer na turbulenta coalizão governamental de três partidos do chanceler alemão, Olaf Scholz.
Os membros do partido pró-empresariado não pareciam satisfeitos em fazer parte de uma coalizão com o Partido Social Democrata (SPD) de Scholz e os Verdes, o que levantou rumores de que a coligação poderia não durar pelos pouco menos de dois anos que restam do mandato.
Bijan Djir-Sarai, secretário-geral do FDP, disse nesta segunda-feira que o resultado, com 52% votando pela permanência, mostra claramente que o partido quer continuar na coalizão. O líder da sigla, Christian Lindner, é o ministro das Finanças.
"A esmagadora maioria dos membros com direito a voto quer que o FDP continue assumindo essa responsabilidade", disse ele a repórteres. "Os desafios políticos são enormes, na política econômica, na política orçamentária, mas também no que diz respeito a imigração... E queremos que o FDP continue contribuindo."
Apenas 26 mil dos 76 mil membros do partido votaram no pleito, que foi lançado por líderes regionais depois que a sigla foi expulsa dos parlamentos regionais da Baviera e de Hessen, ao ficar abaixo do limite mínimo de 5% de votos nas eleições nestes locais.
Com a guerra na Ucrânia, a perda de gás russo e a necessidade de uma transição energética acelerada, impondo custos sem precedentes à potência industrial da Europa em tempos de crescimento baixo ou negativo, o FDP está encontrando dificuldades para impor suas receitas ortodoxas em termos fiscais.