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Emissões globais de carbono voltam a níveis pré-pandemia

Segundo estudo, as emissões de carvão e gás natural disparam nos setores elétrico e industrial

4 nov 2021 - 12h27
(atualizado às 12h59)
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As emissões de carbono praticamente voltaram aos níveis pré-pandemia, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira, e as emissões de carvão e gás natural disparam nos setores elétrico e industrial e permanecem baixas no setor de transportes.    

"Estávamos esperando ver uma certa retomada. O que nos surpreendeu foi a intensidade e a rapidez da retomada", disse o principal autor do estudo, Pierre Friedlingstein, pesquisador de modelos do clima da Universidade de Exeter.

Usina de energia a carvão em Jaenschwalde, na Alemanha
21/10/2021 REUTERS/Matthias Rietschel
Usina de energia a carvão em Jaenschwalde, na Alemanha 21/10/2021 REUTERS/Matthias Rietschel
Foto: Reuters

Em 2020, as emissões de dióxido de carbono recuaram 1,9 bilhão de toneladas, uma queda recorde de 5,4%, já que os países adotaram lockdowns e as economias se fecharam para tentar conter a disseminação da Covid-19. O novo relatório, produzido pelo Projeto Global de Carbono, prevê que as emissões aumentarão 4,9% neste ano.

Entre os grandes emissores, acredita-se que China e Índia registrarão emissões mais altas em 2021 do que em 2019, enquanto Estados Unidos e a Europa devem apresentar emissões ligeiramente menores.

A China foi um exceção em 2020, porque investimentos para estimular a recuperação da pandemia levaram a grandes aumentos no uso de carvão ao mesmo tempo em que as emissões de outros países caíam.

O estudo projetou que o total global de emissões deste ano chegará a 36,4 bilhões de toneladas de CO2.

O relatório chega no momento em que líderes mundiais se reúnem na conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Glasgow, na Escócia, para tentar limitar o aumento da temperatura global média a 1,5 grau Celsius e evitar os efeitos mais catastróficos da mudança climática.

Para consegui-lo, dizem cientistas, as emissões de CO2 têm que ser zeradas até 2050.

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