Emmanuel Macron denuncia 'fake news' sobre sua mulher
Teorias da conspiração são utilizadas para descredibilizar esposas de líderes políticos
Nesta sexta-feira (8), Emmanuel Macron, presidente da França, voltou a denunciar as desinformações em torno da identidade de gênero de sua esposa, Brigitte Macron. Conspiracionistas acusam a primeira-dama de ser uma mulher transgênero, e esconder seu passado.
"O pior são as fake news e as histórias inventadas, com pessoas que acabam acreditando e que te afetam, até mesmo na sua intimidade", declarou enquanto respondia perguntas de jornalistas depois da cerimônia de inclusão do aborto na Constituição francesa.
Esta não é a primeira vez que Brigitte é alvo de teorias da conspiração nas redes sociais. Em 2022, ela chegou a denunciar legalmente duas mulheres que propagaram as mesmas desinformações no YouTube.
Até hoje milhares de usuários acusam a primeira-dama francesa de participar de um complô para esconder seu "suposto" nome de nascimento, que seria Jean-Michel Trogneux. Além disso, circulam rumores falsos sobre a "verdadeira mãe" dos seus filhos e um caso de pedofilia com a mãe do presidente.
"Contra esse machismo, é preciso usar o direito, a justiça", alertou Macron em um pedido pelo reforço da ordem pública nas plataformas sociais.
A teoria da conspiração tem um "fundamento" - serve para descredibilizar lideranças políticas. Essa técnica já foi utilizada, por exemplo, com a ex-primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, a dos Estados Unidos, Michelle Obama, e a atual esposa do presidente espanhol Pedro Sánchez, Begoña Gómez.