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Energia nuclear reforça segurança nacional, diz secretário de Energia dos EUA

12 out 2017 - 18h05
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O secretário de Energia dos Estados Unidos defendeu o seu plano de recompensar usinas nucleares com incentivos contra as críticas de que isso manipularia os mercados, dizendo no Congresso nesta quinta-feira que uma indústria nuclear doméstica forte reforça a segurança nacional.

Rick Perry pressionou a Comissão Reguladora de Energia em 29 de setembro para adotar uma regra dentro de 60 dias que premiaria usinas nucleares e a carvão antigas que armazenem 90 dias de combustível em suas instalações. Ele disse que essas usinas devem ser apoiadas por sua capacidade de incrementar a confiabilidade da rede elétrica dos EUA.

Muitos parlamentares na sessão com Perry, incluindo o democrata Frank Pallone, disseram que o plano favoreceria uma indústria ultrapassada, acabaria com o livre mercado e sobrecarregaria consumidores com contas de energia mais altas. Outro parlamentar citou um estudo da consultoria ICF que diz que as contas de energia poderiam aumentar em 800 milhões de dólares ao ano se a comissão reguladora seguisse o plano de Perry.

Mas Perry afirmou que o governo federal negligenciou a energia nuclear por décadas, o que seria um risco à segurança nacional.

"Se perdermos a nossa cadeia de suprimento, se perdermos a nossa cadeia intelectual de formação de brilhantes cientistas porque nós basicamente recuamos com a indústria nuclear, nós vamos perder o nosso papel de líder no que diz respeito à energia nuclear no mundo", afirmou Perry.

Isso poderia prejudicar a capacidade do país de lidar com a não proliferação nuclear, segundo ele.

Os EUA têm mais reatores nucleares do que qualquer outro país do mundo. No entanto, a Rússia, a China e outros países estão construindo usinas nucleares rapidamente, e alguns na indústria estão preocupados que esses países possam se tornar os principais inovadores do setor nuclear.

O plano de Perry dividiu a indústria de energia, com interesses dos setores de carvão e nuclear concorrendo contra gás natural, energia solar, energia eólica e grupos de consumidores.

Até o momento, ainda não está claro o que a comissão reguladora vai decidir sobre o plano.

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