Enganada pela mãe, Gypsy Rose Blanchard diz que se arrepende de ter mandado matá-la
História será recontada em uma nova série, em que a jovem conta como eram os abusos que sofria da própria mãe e sua rotina na prisão
-1jy7orqt0u4hi.png "Redação Terra"){kind=small}
Gypsy Rose Blanchard é famosa nos EUA desde 2015, quando pediu a seu namorado para matar sua mãe que ludibriou Gypsy a acreditar que tinha uma péssima genética. Após a repercussão da história, destaca-se seu casamento em 2022, com Ryan Scott Anderson e sua busca por autonomia.
A jovem Gypsy Rose Blanchard, que encomendou o assassinato da mãe para seu então namorado, diz que se arrepende do crime. O caso aconteceu em 2015, nos Estados Unidos, depois de anos sendo abusada e ludibriada a acreditar que tinha uma péssima genética.
Segundo seu relato, ela sofria com distrofia muscular, deficiência intelectual, apneia do sono, asma e leucemia. No entanto, tudo não passava de invenção feita por Dee Dee Blanchard, sua mãe e cuidadora.
Gypsy usou cadeira de rodas por 20 anos, em resposta aos relatos médicos que sua mãe inventava. Gypsy se alimentou por sonda sem precisar, respirou com tanque de oxigênio, tomou medicações e fez cirurgias para tratar problemas de saúde inexistentes.
Seu motivo de arrependimento, conforme relatou ao F5, é que poderia ter agido de outra forma.
"Me sinto arrependida por isso. Na verdade, é o maior arrependimento da minha vida. Se eu pudesse, faria diferente. Acho que o motivo de não ter agido de outra maneira na época é que eu não tinha a educação e a consciência de que eu tinha outros meios de pedir ajuda. Olhando para trás, percebo que poderia ter feito de outra maneira, mas não consigo mudar o passado, então o que faço é trabalhar para construir um futuro melhor para mim", argumentou ela, sete dias após ser libertada.
Após toda a repercussão do crime, Dee Dee foi apontada como portadora de uma condição mental chamada Transtorno Factício Imposto a Outro (TFIA), ou síndrome de Munchausen por Procuração. O distúrbio psicológico se refere a pais que buscam simpatia por meio de doenças exageradas ou inventadas de seus filhos, para que sejam vistos como cuidadores altruístas.
'As Confissões de Gypsy Rose'
Gypsy foi sentenciada a uma pena de 10 anos após se declarar culpada pela morte da mãe. Ela cumpriu sete anos, e, embora estivesse aprisionada, entendeu os dias na cadeia como mais libertadores do que todo o período ao lado da mãe.
"A primeira vez na minha vida que me senti livre foi no meu primeiro dia na prisão", disse. "Eu percebi que realmente sou capaz de começar a minha vida e vivê-la da minha maneira, o que me colocou numa jornada de autodescoberta".
Sua história será contada na série documental As Confissões de Gypsy Rose, que estreia em 17 de janeiro no canal Lifetime. Antes, a vida de Gypsy já havia sido tema de série, livros e até um documentário.
Os seis episódios da trama foram gravados quando ela ainda cumpria pena. Na série, ela conta como estava sendo sua vida na prisão e relembra o que passou quando estava aos cuidados da mãe.
Em 2022, Gypsy se casou com Ryan Scott Anderson, um professor de ensino médio com quem começou a trocar cartas em 2020. Hoje, ela tenta reconstruir a vida.
