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Entrada de migrantes sem autorização na UE cai 38% em 2024

Resultado foi puxado por queda do fluxo no Mediterrâneo Central

14 jan 2025 - 10h39
(atualizado às 13h20)
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A chegada de migrantes sem autorização na União Europeia caiu 38% em 2024 e atingiu o nível mais baixo desde 2021.

    O resultado foi divulgado nesta terça-feira (14) pela Agência de Guarda de Fronteiras e Costeira da UE e também indica uma redução de 59% na rota do Mediterrâneo Central, entre o norte da África e o sul da Itália e que deixou de ser a principal porta de entrada para deslocados internacionais no bloco.

    "Novos dados preliminares da Frontex revelam uma queda significativa de 38% nas travessias irregulares de fronteiras em direção à UE em 2024, alcançando o menor nível desde 2021, quando a migração ainda sofria os efeitos da pandemia", disse a agência europeia.

    "Apesar da pressão migratória persistente, a cooperação intensificada da UE e dos parceiros contra as redes de contrabando reduziu significativamente as travessias nas fronteiras externas da Europa, com pouco mais de 239 mil detecções registradas no ano passado", acrescentou a Frontex.

    Segundo a agência, o resultado foi puxado pelas quedas de 59% na rota do Mediterrâneo Central, que totalizou 66.766 travessias em 2024, sobretudo de bengaleses, sírios e tunisianos, e de 78% nos Bálcãs Ocidentais, para 21.520. Nesta rota, sírios, turcos e afegãos são predominantes.

    "Esse resultado se deve à ação da Itália e ao grande trabalho que nosso governo tem feito nos últimos anos", declarou a premiê italiana, Giorgia Meloni, sobre a diminuição do fluxo no Mediterrâneo Central.

    Já a rota do Mediterrâneo Oriental, em direção à Grécia, apresentou alta de 14%, puxada por sírios, afegãos e egípcios, e chegou a 69.436 migrantes sem autorização, tornando-se a principal porta de entrada na UE no ano passado.

    "Todos os anos enfrentamos desafios únicos em nossas fronteiras que exigem vigilância e adaptabilidade constantes. A Frontex e as autoridades de fronteira em toda a Europa devem permanecer prontas e flexíveis para enfrentar esses desafios de forma eficaz", disse o diretor-executivo da agência, Hans Leijtens. .

Ansa - Brasil
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