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Enviado dos EUA negocia cessar-fogo no Líbano; Israel tem como alvo finanças do Hezbollah

21 out 2024 - 07h50
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O enviado dos Estados Unidos Amos Hochstein conversou com autoridades libanesas em Beirute, nesta segunda-feira, sobre as condições para um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, depois que Israel atacou filiais de uma instituição financeira ligada ao grupo em todo o Líbano.

A diplomacia não conseguiu esfriar os conflitos violentos de Israel com as duas milícias regionais mais perigosas e fortemente armadas - o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, na Faixa de Gaza - que estão se arrastando pelo segundo ano.

Washington espera que haja um novo impulso para a paz no Oriente Médio depois que Israel matou, na semana passada, Yahya Sinwar, líder do Hamas e arquiteto dos ataques a cidades israelenses no ano passado que provocaram o ataque de Israel à Faixa de Gaza.

Autoridades dos EUA estão tentando intermediar uma trégua no Líbano, onde Israel lançou uma campanha terrestre no último mês que matou a maior parte da liderança sênior do Hezbollah, um movimento apoiado pelo Irã que diz estar lutando contra Israel em nome dos palestinos.

O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, disse que não havia alternativa para a Resolução 1701 da ONU, mas acrescentou que "novos entendimentos" poderiam ser alcançados para implementá-la, segundo um comunicado emitido por seu gabinete na segunda-feira.

A Resolução 1701 do Conselho de Segurança, adotada em 2006, determina que uma missão de manutenção da paz da ONU ajude o Exército libanês a manter a área da fronteira sul com Israel livre de armas ou pessoal armado que não seja do Estado libanês.

As Forças Armadas israelenses disseram na segunda-feira que seus aviões de guerra atingiram lançadores de mísseis de curto alcance no sul do Líbano, que estavam direcionados para os assentamentos israelenses do norte. Quinze lançadores foram atingidos, segundo os militares.

Durante a noite, Israel atacou locais em Beirute, no sul do Líbano e no Vale do Bekaa, tendo como alvo agências de um sistema bancário que, segundo Israel, é administrado pelo Hezbollah para financiar suas operações. Centenas de famílias fugiram das casas próximas aos locais visados antes dos ataques, embora não tenha havido registro imediato de vítimas.

"Ataque, ataque, ataque com aviões e drones, e não sabemos quem são os alvos e quem morrerá a cada dia", afirmou Micheline Jabbour, que trabalha em uma confeitaria de Beirute.

Os militares israelenses disseram, antes dos ataques noturnos, que tinham como alvo a Associação Al-Qard Al-Hassan, uma alternativa ao sistema bancário libanês que, segundo os EUA, é usada pelo Hezbollah para administrar suas finanças.

A associação tem mais de 30 filiais em todo o Líbano, incluindo 15 em áreas densamente povoadas do centro de Beirute e seus subúrbios.

Não houve declaração imediata da organização, do Hezbollah ou do governo libanês.

O enviado dos EUA, Hochstein, deve se reunir com Mikati e com o presidente do Parlamento, Nabih Berri, na segunda-feira. Berri disse à emissora Al-Arabiya no fim de semana que a visita de Hochstein era "a última chance antes das eleições nos EUA" para se chegar a uma trégua.

Berri tem se empenhado nos esforços para alcançar um cessar-fogo no Líbano.

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