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Equipe de Biden considera realizar reuniões abertas e entrevistas para tranquilizar eleitores

1 jul 2024 - 18h12
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pode aumentar seu contato direto com eleitores e jornalistas nas próximas semanas, na esperança de tranquilizar democratas abalados por seu desempenho ruim no debate da semana passada, segundo duas pessoas envolvidas no planejamento da campanha à reeleição.

Os eventos podem incluir uma mistura de reuniões abertas e diretas com eleitores, entrevistas individuais com jornalistas importantes de Washington ou uma entrevista coletiva em que Biden responderia várias questões, disseram as fontes, que pediram anonimato para discutir deliberações internas.

Julho está se tornando um mês fundamental para Biden, de 81 anos, que está enfrentando cobranças de dentro do seu próprio partido para abandonar a eleição após uma atuação deplorável no debate de quinta-feira provocar novos questionamentos sobre sua idade.

O governo Biden também realizará uma reunião crucial de líderes mundiais em Washington neste mês e observará de perto as pesquisas que detalharão o impacto -- se houver algum -- do debate.

Enquanto isso, a Convenção Nacional Republicana se reunirá em Milwaukee, em meados de julho, para nomear o oponente Donald Trump, em um evento que provavelmente enfatizará os questionamentos à capacidade de Biden de servir por mais quatro anos.

"É absolutamente vital que a campanha e a Casa Branca coloquem o presidente lá fora agressivamente, que o tirem do bunker, o tirem da bolha, o coloquem na frente das pessoas em várias maneiras e fóruns diferentes", disse Matt Bennett, que trabalha com o centro de estudos Third Way e que serviu na Casa Branca do então presidente democrata Bill Clinton.

A Casa Branca e a campanha de Biden limitaram as entrevistas individuais do presidente com emissoras de televisão e não concederam entrevistas a grandes veículos de comunicação ou agências de notícias, incluindo New York Times, Washington Post, Wall Street Journal e Reuters desde a sua posse.

Assessores agora acreditam que essa posição não é mais sustentável -- pelo menos no curto prazo --, com comentaristas políticos e organizações de notícias, incluindo o conselho editorial do New York Times, pedindo que ele abandone a disputa.

"Discussões para entrevistas individuais estão em andamento", disse uma fonte envolvida com o planejamento, acrescentando que nenhuma decisão final foi tomada.

Biden está sendo cobrado para fazer mais entrevistas coletivas com grupos de repórteres.

Dados compilados pelo American Presidency Project, da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, desde o começo da presidência de George H.W. Bush, em 1989, mostram que Biden realizou mais entrevistas coletivas sozinho do que Donald Trump ou George W. Bush em seus primeiros três anos, mas menos que Bill Clinton, Barack Obama e Bush pai.

Estrategistas e apoiadores democratas afirmam que quanto mais maneiras o público puder vê-lo responder perguntas sinceras, melhor.

"Seria ótimo ver o presidente Biden comandar várias entrevistas coletivas nas próximas semanas", disse Jennifer Holdsworth, uma estrategista democrata. "Então, um forte discurso na convenção pode ajudar muito a resolver dúvidas que ainda restam dos eleitores".

Biden também estará nos palcos mundiais quando Washington sediar a cúpula da Otan entre 9 e 11 de julho, na qual os 32 países-membros da aliança militar discutirão a guerra na Ucrânia e as tentativas de isolar ainda mais a Rússia.

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