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Mundo

Equipes de resgate relatam horrores em kibutz atacado pelo Hamas

17 out 2023 - 17h40
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Yossi Landav, de 55 anos, trabalha em busca e resgate há 33 anos, mas nada poderia prepará-lo para o que viu após o ataque do Hamas no sul de Israel, que matou pelo menos 1.300 pessoas.

Destroços do ataque mortal de homens armados do Hamas no Kibutz Beeri
17/10/2023
REUTERS/Ronen Zvulun
Destroços do ataque mortal de homens armados do Hamas no Kibutz Beeri 17/10/2023 REUTERS/Ronen Zvulun
Foto: Reuters

Landav disse que ficou tão perturbado que não conseguia tirar as imagens da cabeça.

"É como se ainda estivesse diante dos meus olhos", disse ele à Reuters.

Os primeiros socorros da organização de busca e resgate Zaka foram enviados para o sul enquanto as forças israelenses ainda combatiam milhares de militantes do Hamas em vários locais ao longo da fronteira.

A tarefa era resgatar pessoas quando possível, mas principalmente recuperar corpos.

"Não tenho mais certeza se consigo contar quantos corpos vi", disse Landav, acrescentando que os mortos incluíam "crianças, bebês, mães, pais, idosos, pessoas com deficiência".

O ataque do grupo militante palestino Hamas foi o mais mortal nos 75 anos de história de Israel. A maioria dos mortos eram civis.

Em resposta, Israel bombardeou a Faixa de Gaza, enclave palestino controlado pelo Hamas, matando quase 3.000 pessoas.

O Hamas disse que um ataque a um hospital nesta terça-feira matou 500 pessoas. 

A tradição judaica exige que o enterro ocorra o mais rápido possível após a morte, mas muitos dos casos que Landav viu exigiam uma análise forense profunda para identificar a pessoa, informar sua família e determinar a causa da morte.

Os voluntários da Zaka foram o primeiro ponto de contato nesse processo, que pode ser demorado, dependendo da gravidade dos ferimentos.

Itzik Itah, que se identificou como comandante do Zaka descreveu corpos mutilados em casas.

"Abrimos uma porta e vimos um homem lá dentro, todo queimado, com os dedos decepados. Significa que cortaram os dedos dele, ele conseguiu correr para a sala segura e depois foi queimado dentro da sala, vivo", disse.

Os socorristas dizem que os moradores do kibutz de Beeri foram vítimas de um ataque particularmente violento.

"Em uma (casa) havia um casal amarrado um ao outro com as roupas abaixadas, e dá para ver definitivamente que a mulher foi estuprada", disse Itah.

"Quando ela está nua de bruços e suas roupas claramente não foram tiradas por ela, é uma mulher que foi estuprada."

Landav disse que viu crianças queimadas vivas.

"Foi um massacre que eu não poderia imaginar", disse o voluntário da Zaka Mendy Habib. "Pessoas baleadas, queimadas. Você as vê nos apartamentos, fora dos apartamentos, no gramado, na calçada. Isso significa toda a aldeia, casa por casa. Pessoas mortas, cadáveres por toda parte."

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