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Espanha planeja vacinação "considerável" na primeira metade de 2021

20 nov 2020 - 15h50
(atualizado às 17h02)
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Uma parte considerável da população espanhola será vacinada contra Covid-19 no primeiro semestre de 2021, afirmou o primeiro-ministro Pedro Sánchez, nesta sexta-feira, sublinhando também a desaceleração estável de contágios após as restrições impostas nas últimas semanas. O governo separou um bilhão de euros para vacinas contra o coronavírus no próximo ano e criou um comitê que determinará quem as receberá primeiro. Sánchez afirmou em uma entrevista coletiva que o governo revelaria o plano de vacinação na terça-feira, sem entrar em mais detalhes. Dados promissores de testes de fase 3 de potenciais vacinas da Pfizer, BioNTech, Moderna e outras aumentaram as esperanças de que uma vacina contra a doença possa estar pronta para uso em breve. Autoridades disseram que a Espanha espera aplicar as primeiras 20 milhões de doses da vacina da Pfizer no começo de 2021. Também há um plano para comprar 31,6 milhões de doses da vacina que está sendo desenvolvida pela britânica AstraZeneca entre dezembro e junho, se estiver pronta. A vacinação será de graça, segundo o ministro da Saúde, Salvador Illa. A Espanha, cujas 1,54 milhão de infecções são o segundo maior número da Europa Ocidental, impôs um estado de emergência de seis meses no fim de outubro, dando às regiões apoio legal para impor toques de recolher e restrições de viagem. Sánchez afirmou que esse caminho se provou ser o adequado. "Por duas semanas consecutivas estamos vendo as novas infecções caírem em um ritmo estável", disse. Novas infecções medidas ao longo dos últimos 14 dias caíram para 436 a cada 100.000 pessoas, de 530 na primeira semana de novembro, disse ele. Não houve indicações de que as restrições serão revertidas enquanto isso, apesar de um lockdown mais amplo e rígido não ter sido reinstaurado. O governo da região de Madri, uma das mais atingidas da Espanha, afirmou na sexta-feira que impediria pessoas de entrarem ou saírem durante 10 dias, a partir de 4 de dezembro, para evitar viagens em massa por volta do feriado do Dia da Constituição, em 6 de dezembro. "Queremos chegar ao Natal na melhor condição possível", afirmou Antonio Zapatero, chefe da resposta de Madri à Covid-19. Novas infecções em Madri já caíram para menos de 300 a cada 100.000 pessoas, do pico de 800 no final de setembro.

Homem usando máscara caminha perto de bandeira da Espanha em Madri
19/11/2020 REUTERS/Sergio Perez
Homem usando máscara caminha perto de bandeira da Espanha em Madri 19/11/2020 REUTERS/Sergio Perez
Foto: Reuters
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