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Achar que EUA podem resolver crise síria é exagero, diz Obama

Obama expressou preocupação sobre a situação síria em entrevista à CNN; o presidente americano também comentou a situação no Egito

23 ago 2013 - 07h49
(atualizado às 08h35)
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O presidente dos EUA, Barack Obama, disse em uma entrevista nesta sexta-feira que a comunidade internacional precisa saber mais sobre o possível ataque com armas químicas na Síria, e pediu ao governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, que autorize uma investigação completa.

"O que temos visto indica que é claramente um grande evento, de grave preocupação, e nós já estamos em contato com toda a comunidade internacional", disse Obama em entrevista à CNN. "A noção de que os EUA podem de alguma forma resolver um complexo problema sectário dentro da Síria algumas vezes é exagerada."

Obama disse que seu governo acredita que armas químicas foram usadas no ataque, um ato que teria cruzado a "linha vermelha". "Não esperamos cooperação (do governo sírio), levando em conta seu passado".

A rebelião síria calcula em 1.300 o número de mortes provocadas na quarta-feira por uma ofensiva do regime, supostamente com gases, em Ghuta oriental e Muadamiyat al-Sham, dois setores da periferia de Damasco sob controle dos rebeldes.

Egito

Na mesma entrevista, Obama disse que o tempo para a busca de uma solução política e a reconciliação no Egito "acabou". O presidente americano afirmou que, após o golpe contra o presidente Mohammed Mursi, no dia 3 de julho, os Estados Unidos "tentaram encorajar os militares para que buscassem uma reconciliação". "Mas não aproveitaram a oportunidade", disse.

Obama afirmou ainda que a decisão de Washington sobre a suspensão da ajuda militar ao Egito "talvez não consiga reverter o que esse governo fez". "Por outro lado, temos que ser muito cuidadosos para que não se tenha a ideia de que Estados Unidos estão ajudando e são cúmplices" do governo egípcio, acrescentou. "O que devemos fazer é uma avaliação fundamental das relações regionais dos Estados Unidos, e o fato de que nos preocupamos com o povo egípcio", concluiu.

Com informações de agências internacionais

Fonte: Terra
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