Acusado de atentado na Maratona de Boston tinha "morte no coração", diz acusação
Dzhokhar Tsarnaev, acusado de plantar uma bomba na Maratona de Boston, tinha "morte em seu coração" ao colocar um explosivo caseiro atrás de crianças que assistiam ao evento, em um ataque coordenado que matou três pessoas e feriu 264, disseram promotores na abertura do julgamento, nesta quarta-feira.
O promotores federais, que acusaram Tsarnaev de realizar o maior ataque em solo norte-americano desde o 11 de Setembro, se concentraram principalmente na vítima mais jovem da explosão, um menino de 8 anos, ao apresentarem as acusações num tribunal de Boston.
O promotor-assistente William Weinreb descreveu como o acusado, de 21 anos, e seu irmão mais velho, de 26, escolheram cuidadosamente os locais onde deixaram as bombas no meio da multidão concentrada na linha de chagada da corrida, em 15 de abril de 2013, em uma ação para punir os EUA por ações militares em países dominados por muçulmanos.
"O réu não estava lá para assistir à corrida. Ele tinha uma mochila nas costas e dentro da mochila havia uma bomba caseira. Era o tipo de bomba favorito dos terroristas, porque é feita para despedaçar pessoas e criar um espetáculo sanguinário", disse Weinreb. "Ele fingia ser um espectador, mas tinha morte em seu coração."
Tsarnaev, cujo irmão mais velho, Tamerlan, morreu numa troca de tiros com a polícia três dias após as explosões, pode ser condenado à morte se for considerado culpado das acusações contra ele, que incluem matar um policial a tiros.
A defesa terá a oportunidade de fazer suas primeiras declarações mais tarde nesta segunda-feira. Os advogados pretendem alegar que Tsarnaev estava sob ordens de seu irmão mais velho, que eles dizem ter planejado o ataque.
Tsarnaev, que ficou em silêncio sentado na corte, disse ser inocente de todas as acusações.