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Agência do governo dos EUA diz que programa da NSA deve terminar

23 jan 2014 - 17h47
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A grande quantidade de registros telefônicos reunidos pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos representa um benefício mínimo no combate ao terrorismo, é algo ilegal e deve terminar, disse, segundo jornais, o relatório de uma agência do governo a ser divulgado nesta quinta-feira.

O Conselho de Supervisão da Privacidade e das Liberdades Civis, uma agência governamental independente, compartilhou as suas conclusões com o presidente Barack Obama, de acordo com relatos dos jornais New York Times e Washington Post. Ninguém no conselho estava disponível de imediato para comentários.

As conclusões vão além do que Obama defendeu sobre o tema. Num discurso na sexta-feira, ele disse que a base de dados da NSA deveria sair das mãos do governo, mas não falou sobre suspensão do programa.

O Congresso está dividido sobre o valor e a legalidade do programa, que coleta dados de milhões de telefonemas feitos nos Estados Unidos, mas não o conteúdo dessas chamadas. O relatório poderia dar mais munição aos parlamentares que buscam o fim da atividade.

"Nós não identificamos uma única instância envolvendo uma ameaça aos Estados Unidos na qual o programa de registros telefônicos fez uma diferença concreta nos resultados de uma investigação antiterrorismo", disse o conselho, de acordo com os jornais. O conselho concluiu que a coleta de informações pela NSA levanta preocupações constitucionais relacionadas aos direitos dos cidadãos norte-americanos de expressão, associação e privacidade.

"As conexões reveladas pelo extenso banco de dados de registros telefônicos vão necessariamente incluir relações estabelecidas entre indivíduos e grupos por propósitos políticos, religiosos e outros", disse o conselho, de acordo com o Times e o Post. "O fornecimento obrigatório ao governo de informações sobre essas associações pode ter um efeito preocupante sobre o exercício dos direitos da Primeira Emenda", declarou o conselho.

O conselho de cinco pessoas não foi unânime sobre o fim da coleta de dados. Dois integrantes defenderam que o programa, se modificado para incluir proteções adicionais à privacidade, poderia continuar, afirmaram os jornais.

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