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Alemanha diz que expulsará diplomatas dos EUA envolvidos com espionagem

Ministro do Interior alemão que diplomatas que tiverem participação confirmada em ações de espionagem serão expulsos

29 out 2013 - 13h35
(atualizado às 13h35)
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O ministro do Interior da Alemanha, Hans-Peter Friedich, advertiu nesta terça-feira os Estados Unidos que, se for comprovado que um de seus diplomatas espionou ou infringiu a lei alemã, o mesmo será expulso do país. Em entrevista à emissora pública alemã ARD, o ministro alemão assegurou que, se as informações sobre a espionagem ao governo alemão forem confirmadas, "haverá as correspondentes consequências" e, portanto, "é correto o que escutam agora".

"Está bastante claro que, se alguém aqui na embaixada ou em algum outro lugar for responsável ou culpado neste assunto, será sancionado e, se for diplomata, deverá abandonar o país", afirmou Friedrich. Neste aspecto, o ministro acrescentou que essa "não seria a primeira vez que um diplomata seria expulso de uma embaixada" do país.

Friedrich ressaltou que o essencial neste momento é esclarecer o que o ocorreu e considerou que a Alemanha e EUA devem "responder em conjunto" as perguntas suscitadas em torno do programa de espionagem americano em solo alemão. De acordo com o ministro, neste momento, as autoridades americanas não têm respostas para muitas de suas perguntas.

Além disso, Friedrich se mostrou convencido de que, como consequência desse escândalo, a Alemanha deve repensar os acordos de transmissão de dados com os EUA e melhorar a segurança das comunicações, tanto no distrito governamental de Berlim como no conjunto da rede europeia.

Alemanha convoca embaixador americano para explicar espionagem:

No entanto, durante a entrevista citada, Friedrich enfatizou o fato de ser necessário "não cometer o erro de pôr em dúvida" o conjunto das relações bilaterais entre ambos os países, que qualificou de "boas e necessárias".

Por sua parte, o comissário do governo alemão para a proteção de dados, Peter Schaar, pediu aos sócios europeus para que não atrasem a nova direção que fixará regras mais estritas para as empresas tecnológicas americanas que operam na UE. Segundo ele, esta norma deveria ser aprovada antes das próximas eleições ao Parlamento Europeu.

Schaar se mostrou a favor da proposta da Eurocâmara para suspender o acordo de transferência de dados bancários, assinado com os EUA com base na luta antiterrorista, até que se esclareça o escândalo de espionagem dos serviços secretos americanos à Europa.

EFE   
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