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Americanos e britânica participaram de ataque ao shopping no Quênia

Informação foi confirmada por autoridades do governo queniano, mas representantes da Al-Shabab negam

24 set 2013 - 00h13
(atualizado às 07h51)
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Dois ou três jovens americanos e uma mulher britânica figuram entre os terroristas que atacaram o shopping Westgate de Nairóbi, onde morreram ao menos 62 pessoas, revelou nesta segunda-feira a ministra das Relações Exteriores do Quênia, Amina Mohamed, em entrevista à TV americana PSB.

Segundo Amina Mohamed, que está em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, o comando ligado à milícia islâmica somali Al-Shabab tinha entre seus membros jovens americanos e uma britânica.

"Com base nas informações de que dispomos, havia dois ou três americanos e também ouvi falar de uma britânica" no comando islâmico que atacou o shopping no início da tarde de sábado, deflagrando uma operação que terminou apenas na noite desta segunda-feira.

Amina Mohamed destacou que a mulher britânica já havia cometido atos terroristas similares "em várias ocasiões", e que os americanos são "homens jovens, com entre 18 e 19 anos (...) de origem somali ou árabe e que viviam nos Estados Unidos, em Minnesota e em um outro local".

"Basicamente, isto destaca a natureza global desta guerra em que lutamos (...) e nos diz que, como governos, devemos fazer melhor". "Se eles podem cooperar a este nível, se podem coordenar sua maldade a este nível, os governos do mundo precisam cooperar ainda mais (...) para garantir que tenhamos a dianteira".

"Esta é uma forma totalmente nova de se fazer as coisas para eles e acredito que acabamos de ver quanto dano podem causar", concluiu Amina Mohamed.

No entanto, representantes da Al-Shabab negaram que cidadãos americanos e britânicos estariam entre os militantes que atacaram o shopping. "Nos comunicamos com nossos mujahedins no Westgate e eles nos disseram que o conflito acabou de recomeçar", disse um representante do Al Shabab à Reuters. "Aqueles que descrevem os agressores como americanos ou britânicos são pessoas que não sabem o que está acontecendo no prédio do Westgate."

As forças especiais quenianas realizavam na madrugada desta terça-feira uma operação "pente-fino" no shopping Westgate, que segundo o ministério do Interior está "sob o controle" da polícia. O ataque, que além dos 62 mortos deixou quase 200 feridos, foi uma ação dos somalis Al-Shabab, ligados à Al-Qaeda, em represália à intervenção das forças armadas do Quênia no sul da Somália.

"Esta é a justiça punitiva pelos crimes de seus soldados" envolvidos no conflito somali. "Por terra, ar e mar, as forças quenianas invadiram nossa pátria muçulmana, matando centenas de muçulmanos e provocando a fuga de milhares", afirmou um comunicado do grupo no Twitter.

O Exército do Quênia entrou na Somália em 2011, onde ocupa o sul do país, como parte da força africana multinacional que apoia o governo somali contra os rebeldes islâmicos.

Com informações adicionais da agência Reuters

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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