Após ação dos EUA, Líbia diz que deseja julgar militantes
O primeiro-ministro da Líbia, Ali Zeidan, disse na terça-feira, comentando a captura de um dirigente da Al-Qaeda pelos Estados Unidos, que líbios acusados de crimes deveriam ser julgados no próprio país, mas que a ação militar norte-americana não prejudicará as relações bilaterais.
No sábado, soldados da força Seal, um contingente especial da Marinha dos EUA, capturaram em Trípoli o militante Nazih al Ragye, conhecido como Abu Anas al Liby, suspeito de envolvimento com os atentados de 1998 contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, cometidos pela Al-Qaeda.
Depois da ação militar, grupos militantes líbios usaram a Internet para defender retaliações, incluindo o sequestro de ocidentais e ataques a gasodutos. Vários militantes também criticaram Zeidan por ser supostamente conivente com a ação dos EUA, mas o premiê disse que não foi informado de antemão.
Falando a jornalistas durante visita ao Marrocos, Zeidan mostrou o desejo de não se indispor com os grupos islâmicos que controlam grande parte do território líbio desde a revolução que depôs o regime de Muammar Gaddafi, em 2012.
"Nossa relação com os EUA é importante, e nos importamos com ela, mas também nos importamos com nossos cidadãos, o que é o nosso dever", afirmou o premiê. "Eles (EUA) nos ajudaram na nossa revolução. Nossa relação não será afetada por esse fato, que irá se resolver da forma necessária."