Após assassinato de CEO, cartazes com fotos de executivos da saúde como 'procurados' são espalhados nos EUA
A atitude é um desdobramento da morte do líder da UnitedHealthCare, Brian Thompson, na quarta-feira, 4
Pendurar cartazes em uma das vias mais movimentadas de Nova York parece um 'plano perfeito' para impactar mais pessoas com mensagens. Foi o que manifestantes fizeram ao colar fotos de altos executivos da área da saúde como "procurados" em Manhattan, nos Estados Unidos. A atitude é um desdobramento do assassinato do CEO da UnitedHealthCare, Brian Thompson, na quarta-feira, 4. O protesto, claro, acendeu um alerta para as autoridades locais.
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O crime contra o executivo pode ter aberto uma 'caixa de Pandora' dos planos de saúde nos Estados Unidos. Depois que a morte de Thompson em frente a um hotel em Nova York, alguns cidadãos americanos têm aproveitado para criticar as multinacionais que cuidam do acesso a exames e hospitais no país.
A ação com os cartazes de "procurado" faz parte desse movimento. Segundo o Daily Mail, imagens da CEO da OptumHealth, Heather Cianfrocco e do CEO do UnitedHealth Group, Andrew Witty, foram coladas por toda Canal Street. A autoria, no entanto, não foi identificada.
Os papéis diziam: "Procurados. Negando assistência médica para lucro corporativo. Os CEOs da área da saúde não devem se sentir seguros."
Outros banners ainda reproduziam as palavras que Luigi Mangione, o suspeito de assassinar Thompson, talhou nas balas que usou para matá-lo. "Negue. Defenda. Deponha", diz a frase.
O movimento em favor de Mangione também tem preocupado autoridades locais, conforme informou a ABC News. Um boletim divulgado na terça-feira, 10, pelo Departamento de Polícia de Nova York destacou o risco aumentado para executivos da área da saúde após o caso.
"Tanto antes quanto depois da identificação e prisão do suspeito, alguns usuários online em plataformas de mídia social reagiram positivamente ao assassinato, incentivaram futuros ataques a executivos semelhantes e compartilharam teorias da conspiração sobre o tiroteio", disse o boletim.
Suspeito de assassinato foi preso
Menos de uma semana depois do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, ser morto em frente a um hotel em Nova York, um suspeito foi detido pela polícia americana.
Na segunda-feira, 9, Luigi Mangione, de 26 anos, foi encontrado com arma semelhante à utilizada no crime, um silenciador, identidades falsas e um manifesto manuscrito que criticava empresas de saúde por priorizarem lucros em detrimento do cuidado com os pacientes, conforme divulgado por Jessica Tisch supervisora da polícia de Nova York.
Mangioni foi localizado em um restaurante McDonald's na cidade de Altoona, por volta das 9h15, após uma denúncia anônima de um trabalhador. Ele apresentou à polícia uma identificação falsa de Nova Jersey, a mesma que teria sido usada pelo atirador ao se hospedar em um albergue no Upper West Side de Manhattan em 24 de novembro.
A arma apreendida, conhecida como "arma fantasma", foi montada a partir de peças compradas online, o que dificulta sua rastreabilidade.