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Vice de Obama desiste da presidência e abre espaço a Hillary

21 out 2015 - 15h38
(atualizado às 17h08)
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Foto: EFE

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira que decidiu não ser um dos pré-candidatos do Partido Democrata à candidatura presidencial para as eleições de 2016, pondo fim a meses de especulações a respeito. Biden fez o anúncio no Jardim da Casa Branca acompanhado por sua esposa, Jill, e pelo presidente Barack Obama.

"Infelizmente, acredito que estamos fora de hora, do tempo necessário para montar uma campanha ganhadora pela indicação", explicou Biden.

O vice-presidente lembrou que tanto ele como sua família, passaram meses analisando se estavam emocionalmente preparados para uma nova disputa política após a morte, em maio, de seu filho mais velho, Beau, por causa de um tumor cerebral. Aos 72 anos, Biden já concorreu sem sucesso pela candidatura presidencial democrata em 1998 e 2008.

Mas, apesar de desistir de ser candidato, o político disse que não vai "ficar em silêncio" e tem "a intenção de falar com clareza e força para influir o quanto puder nos posicionamentos do partido e na direção da nação", prometeu Biden.

Assim, o vice-presidente alertou que o Partido Democrata e o país inteiro cometerão "um erro trágico" se tentarem "se afastar ou desfazer o legado de Obama". Biden também pediu o fim das divisões políticas partidárias e para que seus correligionários democratas não enxerguem os republicanos "como inimigos", mas para que tentem "trabalhar juntos pelo bem do país".

Foto: EFE

Além disso, Biden aproveitou seu discurso para detalhar as prioridades de avanços que os Estados Unidos devem adotar: os direitos da comunidade LGBT, a reforma migratória, a igualdade salarial entre homens e mulheres e a erradicação do "racismo institucional".

Embora a imprensa americana apontasse que Biden estava praticamente decidido a disputar a candidatura democrata, ele já tinha antecipado em entrevista em setembro suas dúvidas se estava pronto para dar "110%" de si na disputa.

A decisão de Biden contribuirá provavelmente para fortalecer a candidatura da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, favorita nas pesquisas e que saiu reforçada do primeiro debate transmitido pela televisão reunindo os candidatos democratas, realizado na semana passada.

EFE   
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