Brasileiro trabalha por 23 anos nos EUA com identidade falsa
Ricardo Guedes roubou a identidade de uma criança falecida e usou o nome para emitir um passaporte e trabalhar como comissário de bordo
Um brasileiro roubou a identidade de uma criança norte-americana falecida e usou o nome para emitir um passaporte e, ainda, trabalhar por 23 anos como comissário de bordo na United Airlines nos EUA, noticiou o site Business Insider na segunda-feira (3).
De acordo com uma denúncia apresentada na Justiça dos EUA, os investigadores acusaram o brasileiro Ricardo Cesar Guedes de roubar a identidade do norte-americano William Ericson Ladd, que nasceu em 1974 e morreu em um acidente de carro em 1979 no estado de Washington. Guedes teria encurtado o nome para Eric Ladd e usado a identidade para trabalhar ilegamente no país, informou o site.
Os investigadores afirmam que o brasileiro nasceu em São Paulo, em 1972, mas assumiu a identidade de Ladd em 1998, quando conseguiu emitir um passaporte americano com o nome da criança falecida. Desde então, o brasileiro renovou o passaporte seis vezes até dezembro de 2020, quando o Departamento de Estado se deparou com "vários indicadores de fraude".
Uma investigação criminal foi iniciada contra Guedes e os agentes conseguiram rastrear a verdadeira origem dele pelas impressões digitais que foram usadas nos documentos emitidos na década de 1990. As impressões também foram comparadas com as que o brasileiro apresentou para verificação de seus antecedentes na United Airlines e eram iguais. Segundo a companhia aérea, o brasileiro não trabalha mais na empresa.
Comprovada a fraude, Guedes foi acusado de fornecer "declaração falsa em pedido de passaporte, falsamente se passar por um cidadão americano e entrar na área restrita do aeroporto sob falsos pretextos". Guedes foi preso no aeroporto após agentes verem o brasileiro embarcar em um voo segurando um telefone que dizia "iPhone de Eric" na tela.