Califórnia: atirador planejava matar irmão e madrasta
Jovem planejava matar madrasta e irmão de 6 anos por ele “ter chances de fazer mais sucesso”; pai de uma das vítimas culpou políticos e Associação Nacional de Rifles da América pelo ocorrido
Uma declaração de 141 páginas do jovem americano Elliot Rodger, 22 anos, que matou seis jovens e depois se suicidou neste final de semana, na Califórnia, foi revelada nesta terça-feira. Em seus escritos, Rodger dizia que irmão de 6 anos levava a vida que ele desejava e que, apesar de se dar bem com o menino, teria de matá-lo. As informações são do Daily Mail.
O atirador teria escrito que o assassinato de seu irmão estava sendo planejado desde outubro do ano passado - quando a criança teria assinado um contrato para atuar em comerciais de televisão - e sua madrasta, Soumaya, teria o “esnobado” por o irmão fazer mais sucesso que ele, mesmo sendo bem mais novo. Rodger revelou que “não poderia deixar que o próprio irmão fizesse mais sucesso que ele com as mulheres, se tornando um grande inimigo”.
Na declaração, o jovem escreveu que sofreria ao matar o irmão, mas que não ligaria em “enfiar uma faca no pescoço” da madrasta. Ele aproveitaria um dia em que o pai estivesse longe e mataria os dois.
A polícia ainda não sabe se os membros da família não foram mortos "por sorte" ou se Rodger teria mudado de ideia.
Colega loira instigou ódio
De acordo com as informações, o atirador, que é filho de um diretor de Hollywood, queria um “Dia de Retribuição” por nunca ter conseguido fazer sucesso com as mulheres e ainda ser virgem aos 22 anos.
Ele contou, em suas páginas de desabafo, que uma loira, Monette Moio, teria "gargalhado e o esnobado" na escola, fazendo-o sentir ódio de todas as mulheres e desejar aniquilar todas elas.
O pai da jovem, John Moio, que é dublê em Hollywood, afirmou que é um “absurdo” sua filha ser relacionada ao crime que matou jovens inocentes. Segundo ele, Monette estaria arrasada pelo fato e não conhecia o atirador. “Pelo amor de Deus, ela não o via há anos. Eles foram colegas aos 10 anos”, disse.
Pai de vítima pede justiça e culpa "políticos covardes"
Um vídeo publicado no YouTube mostra Ricardo Martinez, pai de uma das seis vítimas, pedindo justiça por seu filho, Christopher e outros mortos.
Martinez culpou pelo incidente os “políticos covardes” e a Associação Nacional de Rifles da América (NRA, organização norte-americana que protege os direitos dos proprietários de armas de fogo, a proteção da caça e da auto-defesa nos Estados Unidos).
“Minha família está perdida e devastada”, afirmou Martinez.
Escola regional de Franklin (2014) - Alex Hribal é o principal suspeito de ter atacado e ferido a facadas outros 21 alunos e um segurança da escola regional de Franklin, na região de Murrysville, na Pensilvânia, EUA.
Foto: AP
Realengo (2011) - O ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, na zona Oeste do Rio de Janeiro e deixou doze alunos mortos. Outros vinte alunos ficaram feridos. Baleado, o criminoso cometeu suicídio.
Foto: Reuters
Albertville (2009) - Tim Kretschmer invadiu a escola secundária Albertville, no sul da Alemanha, e matou 15 pessoas. Vestido de preto e com a arma do pai, o jovem atingiu nove alunos, três professores e outros três funcionários. Depois, cometeu suicídio fora da escola. As intenções do adolescente tinham sido divulgadas em uma sala de bate-papo na internet menos de sete horas antes do atentado
Foto: AP
Universidade de Illinois (2007) - Nos EUA, seis pessoas morreram em um tiroteio. Entre as vítimas estava o próprio atirador, identificado como Steven Kazmierczak, um estudante premiado. Em foto, líderes de torcida fazem silêncio em memória às vítimas.
Foto: AP
Colégio Jokela (2007) - Pekka-Eric Auvinen matou oito pessoas e atirou contra si mesmo na Finlândia. Horas antes, um vídeo que mostrava a foto de uma escola, que parecia ser a Jokela, foi publicado no Youtube. A foto se fragmentava e mostrava a imagem de um homem apontando uma arma para a câmera.
Foto: Youtube / Reprodução
Universidade Virginia Tech (2007) - Estudante sul-coreano Cho Seung-Hui matou duas pessoas no alojamento do campus da Virginia Tech e outras 30, no prédio da faculdade de engenharia da instituição, antes de cometer suicídio. O atirador deixou ainda 28 feridos. Em foto, estudantes acendem velas no campus em homenagem às vítimas do crime.
Foto: AFP
Escola amish (2006) - Cinco meninas foram mortas no dia 2 de outubro de 2006 por um caminhoneiro que invadiu uma escola rural na comunidade amish da Pensilvânia (EUA). Charles Roberts enfileirou as vítimas diante do quadro negro e abriu fogo contra todas, uma a uma. Depois cometeu suicídio.
Foto: AP
Red Lake, Minnesota (2005) - Jeffreu Weise invadiu uma escola em Red Lake, EUA, e matou quatro estudantes, uma professora e um segurança. O atirador ainda matou os avós e se suicidou. A escola ficava dentro de uma reserva indígena, na fronteira com o Canadá.
Foto: AP
Massacre de Beslan (2004) - Escola de Beslan sofreu um atentado terrorista, que teve início no dia 1º de setembro de 2004. Um grupo de separatistas chechenos armados invadiu a escola, na Ossétia do Norte, república autônoma que integra a Federação Russa. Morrem 334 pessoas, após serem feitas de refém.
Foto: AP
Instituto Johann Gutenberg (2002) - Robert Steinhaeuser matou 17 pessoas e se matou no Instituto Johann Gutenberg, em Erfurt, no leste da Alemanha. As vítimas do ataque foram 13 professores, uma secretária, duas alunas e um policial.
Foto: AP
Columbine (1999) - Instituto Columbine, EUA, foi palco de um massacre que deixou 15 mortos. Eric Harris e Dylan Klebold mataram 12 estudantes e um professor antes de cometer suicídio.
Foto: AP
Escola Primária de Dunblane (1996) - Ex-líder escoteiro Thomas Hamilton invadiu o ginásio da escola, na cidade escocesa Dunblane e disparou uma série de tiros. Uma professora, de 45 anos, que dava aulas ao jardim de infância, morreu, além de 16 crianças. O atirador cometeu suicídio, após o ataque
Foto: AP
Escola Politécnica de Montreal (1989) - Estudante de Marc Lepine invadiu uma classe da faculdade de engenharia da Universidade de Montreal e causou o pior massacre escolar da história do Canadá. Armado, separou os estudantes por sexo, gritou que odiava feministas e matou 14 mulheres. Depois, o assassino cometeu suicídio.
Foto: AP
Charles Whitman (1966) - Na década de 60, os Estados Unidos foram surpreendidos por um atirador que deixou 15 mortos em uma universidade. Charles Whitman abriu fogo do alto da torre no meio na Universidade do Texas. Antes do tiroteio, Whitman esfaqueou a mãe e a mulher. Ele só cessou fogo quando foi morto a tiros por dois policiais. Em foto, policial se posiciona no lugar de onde atirador disparou tiros.