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Casa Branca nega que Trump revelou dado secreto à Rússia

15 mai 2017 - 22h04
(atualizado em 16/5/2017 às 08h28)
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Casa Branca nega que Trump tenha revelado informação secreta à Rússia
Casa Branca nega que Trump tenha revelado informação secreta à Rússia
Foto: Reuters

A Casa Branca classificou como "falsa" a informação publicada pelo jornal The Washington Post que indica que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou informação secreta sobre o Estado Islâmico (EI) ao ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.

"O artigo é falso", afirmou em um breve pronunciamento o assessor de segurança nacional da Casa Branca, o tenente-general H.R. McMaster, que assegurou que Trump não revelou "fontes, métodos ou operações militares" a Lavrov, apesar de o Post não falar disso em sua matéria.

Segundo o jornal, o que Trump repassou a Lavrov foi informação relacionada com a possibilidade que os jihadistas utilizem laptops para realizar algum tipo de ataque terrorista em voos comerciais, afirmações às quais McMaster não se referiu.

Esta informação foi proporcionada por um país aliado dos Estados Unidos e seu conteúdo é tão secreto que nem sequer outros de seus parceiros receberam esses tipos de dados, segundo as fontes citadas pelo "Post", e que também foram confirmadas pelo The New York Times.

"Eu estava lá, isso não aconteceu", reforçou McMaster, que, no entanto, admitiu que Trump e Lavrov falaram sobre um "leque de ameaças comuns", incluindo "ameaças à aviação comercial".

Também participou do encontro entre Trump e Lavrov na quarta-feira passada o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, que, na mesma linha que McMaster, negou que se tenha falado sobre "fontes, métodos ou operações militares".

Segundo o Post, a Casa Branca imediatamente informou à Agência Central de Inteligência (CIA) e à Agência de Segurança Nacional (NSA) para reduzir o impacto das revelações que poderia afetar à capacidade de Washington e seus aliados para detectar novas ameaças.

A reunião de Trump com os enviados russos foi vista como um problema de imagem inoportuno por ter acontecido um dia depois de o presidente ter demitido o diretor do FBI (polícia federal americana), James Comey, que liderava justamente a investigação sobre a possível coordenação da campanha presidencial de Trump com o Kremlin.

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EFE   
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