Casa Branca pede que investidores não comprem armas russas
Os EUA advertiram que a decisão de incorporação da Crimeia terá grandes impactos na economia da Rússia
Em uma iniciativa incomum, a Casa Branca recomendou nesta terça-feira que os investidores evitem comprar ações russas, ao mesmo tempo em que esquentava a retórica política com Moscou na disputa depois de a Rússia ter declarado a península ucraniana da Crimeia como parte da Rússia.
"Eu não faria isso, se eu fosse você, investir em ações russas agora, a menos que você esteja com falta", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, meio sorrindo, em uma coletiva de imprensa.
Enfatizando que os Estados Unidos estavam preparando uma nova rodada de sanções, Carney disse a repórteres que a decisão da Rússia de anexar a Crimeia, terá, a longo prazo, um grande impacto sobre a economia russa.
"Eles também vão incorrer em custos por causa das sanções que nós e a UE impusemos", declarou Carney.
Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram proibições de viagens e congelamento de bens sobre alguns altos funcionários da Rússia e da Ucrânia acusados de envolvimento na tomada pelas tropas russas da península do Mar Negro, cuja maioria dos 2 milhões de habitantes é de etnia russa.
O mercado de ações da Rússia foi abalado durante a preparação para o referendo do fim de semana na região da Crimeia, na qual os eleitores esmagadoramente disseram que querem se juntar à Rússia.
No entanto, o mercado se recuperou na segunda-feira e ganhou outros 2 por cento na terça-feira enquanto o rublo se valorizou depois que o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Rússia não iria tentar dividir ainda mais a Ucrânia.
Os investidores observaram que as sanções iniciais não tiveram como alvo empresas ou executivos, mas a Casa Branca já sinalizou que uma nova rodada de sanções poderá visar o setor de negócios.