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Chefe da NSA culpa diplomatas por espionagem a líderes estrangeiros

1 nov 2013 - 01h22
(atualizado às 01h36)
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<p>O diretor da Ag&ecirc;ncia Nacional de Seguran&ccedil;a dos EUA, general Keith Alexander, culpou diplomatas por espionagem a l&iacute;deres estrangeiros</p>
O diretor da Agência Nacional de Segurança dos EUA, general Keith Alexander, culpou diplomatas por espionagem a líderes estrangeiros
Foto: AP

O diretor da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos culpou a diplomacia do país por pedidos de espionagem a líderes estrangeiros, em uma declaração que ameaça um confronto entre a comunidade de inteligência e o Departamento de Estado, de acordo com informações do jornal The Guardian.

O general Keith Alexander fez essa afirmação durante uma entrevista com James Carew Rosapepe, ex-embaixador e atualmente senador pelo partido Democrata. Rosapepe, que trabalhou na Romênia durante a administração Clinton, questionou Alexander sobre o monitoramento do celular da chanceler alemã Angela Merkel.

O senador pressionou o general por uma “justificativa de segurança nacional” para o uso de ferramentas da NSA, supostamente para combater o terrorismo, contra “líderes democraticamente eleitos e negócios privados”. “Nós sempre brincamos que todo mundo está espionando todo mundo. Mas isso não é uma justificativa de segurança nacional”, afirmou.

Alexander não se intimidou e respondeu: “essa é grande pergunta, de fato, como um embaixador, você tem parte da resposta. Porque nós, as agências de inteligência, não criamos os requerimentos. Os formuladores de políticas criam os requerimentos”, disse. “Um desses grupos seria, deixe-me pensar, espera: embaixadores”, ironizou o chefe da NSA.

O general disse que a agência coletou informações quando recebeu pedidos de oficiais para descobrir as intenções da liderança de países estrangeiros. “Se você quer saber as intenções da liderança, estas são as questões”, explicou.

A conversa pouco amistosa na noite dessa quinta-feira provocou risos na plateia que acompanhava a discussão, mas não pareceu impressionar o senador Rosapepe, que rebateu: “nós geralmente não fazemos isso em sociedades democráticas”.

Conflito entre comunidade de inteligência e administração

As afirmações do diretor Keith Alexander aumentam o risco de uma divisão entre a administração de Barack Obama e a comunidade de inteligência do país, que têm culpado um ao outro durante a semana pelos casos de espionagem a líderes estrangeiros.

O general já havia insinuado que os alvos de monitoramento tiveram origem no governo, mas é a primeira vez que ele publicamente cita diplomatas. Mais cedo, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse que a espionagem foi "longe demais", algo que atribuiu ao fato de a política de inteligência estar "em piloto automático".

"Não há dúvida que o presidente, eu mesmo e outros no governo americano conhecemos detalhes de atos que estiveram acontecendo no piloto automático, porque a tecnologia estava aí e se manteve ao longo de um extenso período de tempo", explicou Kerry.

Fonte: Terra
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