Conselho da ONU aprova novas sanções contra Coreia do Norte
Por unanimidade, países concordaram com mais punições
O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta segunda-feira (11), por unanimidade, novas sanções econômicas contra a Coreia do Norte. A decisão vem após mais um teste nuclear, com uma bomba de hidrogênio, feito pelo regime de Pyongyang.
A resolução prevê a "suspensão das exportações têxteis" do regime norte-coreano, enquanto foram ampliadas, em relação ao texto original apresentado, as sanções propostas sobre todas as exportações de gás e de petróleo.
No documento aprovado pelos 15 membros do CS, afirma-se que "os Estados-membros devem vetar o fornecimento direto ou indireto, a venda ou transferência à Coreia do Norte de gás natural e de produtos petrolíferos refinados, e Pyongyang não deve procurar por tais produtos".
O texto, no entanto, colocou uma exceção permitindo um limite que o "fornecimento, transferência ou venda a Pyongyang de todos os derivados de petróleo, em até 500 mil barris por um período de três meses a partir de 1º de outubro, e até dois milhões de barris ao ano a partir de 1º de janeiro de 2018".
Isso poderá ser fornecido "na condição de que sejam usados exclusivamente para o apoio da população e que não gerem lucros para serem investidos nos programas nucleares ou balísticos".
Além disso, a nova resolução decidiu que todos os Estados-membros "devem vetar a seus cidadãos ou entidade de dar ou efetuar transferências de um navio a outro para qualquer objeto que possa ser fornecido, vendido ou transferida da ou para a Coreia do Norte".
O documento também pede que os membros da entidade não devem "fornecer vistos de trabalho para cidadãos norte-coreanos a menos que seja aprovado após uma análise caso por caso".
Apesar dos termos mais duros contra o regime norte-coreano, não foi incluído o nome de Kim Jong-un na "lista negra" de proibições de viagens e de negócios financeiros, mas foi aumentado o elenco de indivíduos e entidades do regime sob medidas restritivas.
Ontem (10), o ditador de Pyongyang afirmou que, se fossem aprovadas novas sanções, os EUA iriam "sentir grandes dores". Por diversas vezes, a Coreia do Norte ameaçou atacar a base de Guam, que pertence aos EUA.