Credibilidade dos EUA está em jogo em decisão sobre Síria, diz Hagel
Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, e o secretário de Estado, John Kerry, defendem ação na Síria diante do Congresso
A falta de medidas para retaliar a Síria pelo uso de armas químicas prejudicaria a credibilidade do compromisso dos Estados Unidos de evitar que o Irã obtenha uma arma nuclear, disse ao Congresso o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, nesta terça-feira. Ele compareceu a uma audiência ao lado do secretário de Estado, John Kerry.
"A recusa em agir minaria a credibilidade de outros compromissos de segurança dos Estados Unidos, incluindo o compromisso do presidente de impedir o Irã de adquirir uma arma nuclear", disse Hagel em uma audiência no Senado, de acordo com declarações preparadas. "A palavra dos Estados Unidos deve significar alguma coisa."
Guerra civil em fotos |
Para Kerry, os Estados Unidos devem agir com medidas punitivas contra o regime da Síria, e não devem ser isolacionistas, nem espectadores do massacre que acontece nesse país. "Este não é momento para o isolacionismo. Esse não é momento para sermos espectadores de um massacre", disse.
"Nem nosso país, nem nossa consciência podem se permitir o custo do silêncio", defendeu Kerry. "Nos pronunciamos contra esse horror inenarrável. Agora, devemos agir", acrescentou.
Kerry defendeu fervorosamente ataques punitivos à Síria, depois que o presidente Barack Obama adiou a decisão sobre uma ação militar até obter a aprovação do Congresso.
O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, o democrata Bob Menendez, respaldou um ataque militar porque entende que a falta de ação frente ao uso de armas químicas seria "ainda mais grave". "Votei contra a guerra no Iraque e apoio firmemente a retirada das tropas americanas do Afeganistão. Hoje apoio a decisão do presidente sobre o uso da força devido este horrendo crime contra a humanidade", disse.
Com informações das agências.