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Distrito escolar permite pose com armas em foto de anuário

A caça e esportes com armas são muito populares na zona rural do Nebraska

24 out 2014 - 21h11
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<p>Jovens do &uacute;ltimo ano letivo poder&atilde;o posar n&atilde;o s&oacute; com as armas, mas tamb&eacute;m com os &quot;trof&eacute;us&quot;, como o chifre de um animal&nbsp;</p>
Jovens do último ano letivo poderão posar não só com as armas, mas também com os "troféus", como o chifre de um animal 
Foto: Twitter

Um distrito escolar na zona rural de Nebraska permitirá que estudantes do último ano letivo posem com pistolas, facas e rifles nas fotos do anuário. A decisão chocou os pais de outros estados, já que se trata de um país com altos índices de violência em sala de aula.

A direção escolar de Broken Bow, cidade de aproximadamente 4 mil habitantes, aprovou nesta semana por unanimidade a nova legislação. Imediatamente a instituição recebeu ligações de cidadãos de todo o país, que ficaram horrorizados diante da imagem de adolescentes sorrindo para a câmara com uma arma nas mãos.

Os jovens do último ano letivo poderão posar não só com as armas mas também com os "troféus", como o chifre de um animal ou o próprio bicho, desde que ele não apareça "sofrendo".

A legislação permite este tipo de fotografia sempre que seja de "bom gosto e de maneira apropriada", por isso é proibido apontar a pistola para a câmera ou manuseá-la.

O argumento da região para defender esta política controversa é que a caça e esportes com armas são muito populares na região, por isso a vontade de mostrar seus hobbies no anuário, assim como aqueles que tocam trombeta ou jogam futebol.

Até agora não havia nenhuma legislação a respeito na zona rural, mas a prática tinha sido proibida devido ao histórico de tiroteios e massacres em Nebraska.

A direção justifica a mudança por conta da pressão dos pais que moram na região, muitos deles amantes de esportes e competições com armas de fogo, além do desejo dos próprios jovens de serem fotografados com sua atividade favorita.

"Pensamos que tínhamos que dar aos estudantes com esses hobbies a oportunidade de ter seu anuário com o que gostam de fazer, igual a qualquer outro companheiro que mostram seus hobbies ou esporte", explicou o superintendente escolar, Mark Sievering.

Um dos membros da direção, Matthew Haumont, comentou que as fotos devem ser respeitosas com o porte de arma, esporte pelo qual ele é apaixonado desde a juventude, e sempre praticado fora do campus.

"Vamos analisar cada caso, assim como qualquer outra foto, seja uma menina seminua ou outra coisa", acrescentou.

A região tem apenas uma escola, no qual cerca de 60 jovens se formam por ano - muitos deles fãs de esportes e competições com armas.

Broken Bow é uma cidade do interior de Nebraska, no centro-oeste do país, situada a 100 quilômetros de qualquer outro povoado.

A direção escolar garante que metade dos distritos do estado permite este tipo de foto, mas é certo que a legislação escandalizou os pais que ficaram alarmados pela violência nas salas de aula.

O massacre da escola primária de Newtown (Connecticut), em 2012, que causou a morte de 20 crianças e seis adultos, marcou uma reviravolta na opinião pública do país.

Esse atentado foi o segundo maior massacre provocado por um só atirador na história dos EUA, atrás do ocorrido no instituto Virgínia Tech, em Blacksburg (Virgínia), em abril de 2007 - quando 33 pessoas morreram.

Apesar do grande impacto provocado por essas tragédias, o maior controle na venda de armas continua sendo uma das promessas pendentes a se cumprir no atual governo do presidente Barack Obama, que como em outros assuntos decisivos, não conseguiu superar o bloqueio republicano no Congresso.

O mais recente caso que comoveu o país foi a morte de um instrutor de tiro, em agosto, no estado do Arizona. Uma menina de nove anos que aprendia a usar um fuzil disparou pelo menos 10 tiros por segundo, atingindo letalmente o instrutor.

EFE   
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