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Documentos revelam reação de Hillary Clinton ao caso do marido com Monica Lewinsky

De acordo com o material, a ex-secretária de Estado, que pode participar da corrida presidencial em 2016, teria chamado Monica Lewinsky de "narcisista maluca"

11 fev 2014 - 10h36
(atualizado às 10h51)
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Documentos escritos pela ex-professora de Ciência Política e amiga pessoal de Hillary Clinton revelam os motivos que levaram a ex-primeira dama a perdoar o marido, que teve um caso com a estagiária da Casa Branca, durante seu mandato na década de 1990. 

Bill e Hillary Clinton durante uma premiação, em Beverly Hills, em novembro de 2013
Bill e Hillary Clinton durante uma premiação, em Beverly Hills, em novembro de 2013
Foto: AFP

O conteúdo desses documentos, basicamente notas que Diane Blair escreveu em seu diário, faz parte de um grande  material que retrata sua relação pessoal e profissional com Hillary e que foi doada pelo seu marido James a Universidade do Arkansas em 2005. As anotações foram relatadas pela primeira vez pelo Washington Free Beacon, um site conservador que publicou a história no último domingo. A emissora de TV CNN confirmou a autenticidade dos documentos. 

De acordo com as anotações de Blair, Hillary disse, durante uma das conversas que tiveram em 1998, que seu marido tentou terminar com o caso e se afastar de Monica Lewinsky: "Ele tentou controlar alguém que era claramente uma narcisista maluca mas as coisas fugiram do controle". Hillary disse ainda que ficou pasma, indignada e com o coração partido quando seu marido lhe contou sobre as relações com Lewinsky.

O ex-presidente com  a esposa, Hillary Clinton e a filha Chelsea durante o evento Clinton Global Iniciative, em setembro de 2013
O ex-presidente com a esposa, Hillary Clinton e a filha Chelsea durante o evento Clinton Global Iniciative, em setembro de 2013
Foto: AFP

Poucos dias após o impeachment de Clinton, Blair relatou que Hillary tinha ligado para ela e ambas teriam conversado sobre o assunto. Segundo a amiga, Hillary parecia estar muito feliz e contou que ela, Bill e a filha Chelsea tinham passado a tarde juntos. 

A ex-primeira-dama teria procurado minimizar a relação do marido com Lewinky: "Não importa o que as pessoas digam, foi um comportamento inapropriado mas foi consensual – não foi uma relação de poder – e não tinha nenhum significado real".

Monica Lewinsky durante coletiva de imprensa em março de 1999
Monica Lewinsky durante coletiva de imprensa em março de 1999
Foto: AFP

Os papéis de Blair não foram divulgados até 2010, bem depois da candidatura presidencial mal sucedida de Clinton em 2008. O senador republicano do Kentucky, Rand Paul, provável candidato à Casa Branca em 2016, considera que o escândalo ainda representa uma grande desvantagem aos democratas. Alguns democratas, em contrapartida, disseram que os documentos não revelam nada além dos sentimentos de Hillary, descritos em seu livro de memórias Living History.

O caso de Clinton e Lewinsky chamou atenção nacional depois que detalhes do affair passaram a fazer parte do noticiário internacional. O caso levou ao impeachment do presidente Clinton em 1998.

Fonte: Terra
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