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Biden diz que haverá apuração profunda sobre ataque a Trump e pede união aos americanos

Presidente dos EUA assegurou que a investigação será profunda e que todos os recursos necessários serão disponibilizados

14 jul 2024 - 15h30
(atualizado às 20h58)
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Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a condenar o recente ataque ao ex-presidente Donald Trump, durante um breve pronunciamento que fez na Casa Branca neste domingo, 14
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a condenar o recente ataque ao ex-presidente Donald Trump, durante um breve pronunciamento que fez na Casa Branca neste domingo, 14
Foto: REUTERS

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a condenar o recente ataque ao ex-presidente Donald Trump, durante um breve pronunciamento que fez na Casa Branca neste domingo, 14. Ele afirmou que uma tentativa de assassinato é contrária a todos os valores que os americanos defendem como nação.

"Não há lugar nos Estados Unidos para esse tipo de violência ou nenhum tipo de violência. Uma tentativa de assassinato é contrária a tudo o que acreditamos como nação. Não é o que nós somos, não é a América. E não podemos permitir que isso aconteça", declarou Biden, sublinhando que a unidade é o principal objetivo. "Vamos debater, vamos discordar, isso não vai mudar.Mas não perderemos de vista quem somos como americanos", acrescentou.

O presidente relatou que tanto ele quanto a vice-presidente Kamala Harris foram informados sobre a situação na sala de situação da Casa Branca, com a presença de importantes autoridades como o diretor do FBI, o procurador-geral, o diretor do Serviço Secreto e o conselheiro de Segurança Nacional. Biden garantiu que continuarão recebendo atualizações à medida que a investigação avança.

"O FBI está liderando essa investigação que está no seu início. Não temos nenhuma informação sobre os motivos do atirador, sabemos quem é. Portanto, pedimos a todos que não façam conclusões precipitadas. Deixem o FBI fazer seu trabalho", disse o presidente. Ele assegurou que a investigação será profunda e que todos os recursos necessários serão disponibilizados.

Além disso, Biden destacou três ações imediatas: primeiro, garantir que Trump, como ex-presidente e indicado pelo Partido Republicano, receba nível de segurança adequado e medidas protetivas para sua segurança. Segundo, direcionar o Serviço Secreto para revisar todas as medidas de segurança para a convenção do Partido Republicano que começa amanhã. E terceiro, realizar uma revisão independente da segurança do comício de ontem para avaliar tudo o que aconteceu e compartilhar os resultados com o público americano.

Biden concluiu seu discurso reiterando a necessidade de unidade nacional. "Precisamos estar unidos como nação, precisamos estar unidos porque isso é o que nós somos. Que Deus abençoe a todos e que protejam nossas forças de segurança."

Vídeo mostra momento em que Donald Trump é atingido em comício:

Entenda o caso 

O ex-presidente Donald Trump foi retirado às pressas do palco, depois que tiros interromperam o comício em que ele discursava neste sábado, 13, em Butler, Pensilvânia. Ele tinha manchas de sangue visíveis na orelha quando foi levado pela equipe de seguranças.

O atirador e um dos apoiadores de Donald Trump que participava do comício foram mortos, informou o promotor do Condado de Butler, Richard Goldinger, ao jornal The Washington Post. Outro participante do comício está internado em estado grave, informa também a CNN americana.

Trump falava sobre as travessia na fronteira em evento de campanha na Pensilvânia, Estado-chave nas eleições americanas, quando estrondos começaram a ecoar pela multidão. Ele colocou a mão na orelha e se jogou no chão enquanto seus apoiadores nas arquibancadas se abaixavam aos gritos. Rapidamente, a segurança pulou sobre o ex-presidente para protegê-lo.

Após uma breve pausa, Trump se levantou, rodeado por agentes uniformizados do Serviço Secreto. Ele ergueu o punho enquanto era ovacionado pela multidão ao ser retirado do palco e levado para sua comitiva, que rapidamente deixou o local do comício.

Nas redes sociais, seu filho mais velho Donald Trump Jr. escreveu que o pai "nunca vai parar de lutar para salvar a América". A mensagem foi acompanhada por uma foto do ex-presidente sendo retirado do palco.

Os cotados a vice de Trump também se manifestaram rapidamente. Os senadores Doug Burgum (Dakota do Norte), Marco Rubio (Flórida) e JD Vance (Ohio), todas na lista de possíveis companheiros de chapa, expressaram preocupação com o líder republicano.

Rubio compartilhou uma foto tirada quando Trump foi escoltado para fora do palco com o punho no ar e uma mancha de sangue no rosto, juntamente com as palavras: "Deus protegeu o Presidente Trump".

Depois que ele saiu, um grupo de agentes com roupas camufladas escoltou alguém para fora da arquibancada à esquerda do pódio onde Trump discursava.

Steven Cheung, um porta-voz de Trump, disse que o ex-presidente está bem e está sendo examinado em um centro médico local. Ele acrescentou que Trump "agradece às autoridades policiais e aos socorristas por sua rápida ação durante este ato hediondo".

A Casa Branca confirmou que o presidente Joe Biden recebeu um "briefing inicial" sobre o incidente, mas ainda não se pronunciou oficialmente.

Os líderes do Partido Democrata na Câmara e no Senado se solidarizam com Donald Trump. "Estou horrorizado com o que aconteceu no comício de Trump na Pensilvânia e aliviado com o fato de o ex-presidente Trump estar em segurança. A violência política não tem lugar em nosso país", escreveu o senador Chuck Schumer.

O deputado Hakeem Jeffries, disse em nota que seus pensamentos e orações estão com Trump e agradeceu pela ação da polícia. "Os Estados Unidos são uma democracia. Violência política de qualquer tipo nunca é aceitável", escreveu.

"A violência direcionada a qualquer partido político ou líder político é absolutamente inaceitável", escreveu o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, do Partido Democrata, no X. "Isso não tem lugar na Pensilvânia ou nos Estados Unidos." 

Fonte: Redação Terra
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