Obama dá novos indícios que deve apoiar Hillary Clinton
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pareceu nesta terça-feira ficar um pouco mais perto de um endosso à campanha presidencial da ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Em comentários num museu dedicado à luta das mulheres por igualdade, o presidente, que tem deixado claro a sua admiração pela sua antiga rival, mas sem apoiá-la oficialmente, afirmou esperar que um dia as pessoas ficassem impressionadas porque os EUA não haviam tido uma comandante-chefe mulher.
"Eu quero que meninas e meninos venham aqui, daqui a dez, vinte, cem anos, para saber que as mulheres lutaram por igualdade, que isso não foi algo apenas dado para elas”, afirmou Obama sobre o museu.
"Eu quero que eles fiquem espantados pelo fato de que já houve um tempo em que mulheres eram bastante minoritárias em reuniões executivas ou no Congresso, de que já houve um tempo em que as mulheres nunca haviam sentado no Salão Oval.”
Hillary Clinton disputa com o senador Bernie Sanders, de Vermont, a nomeação para ser candidata a presidente pelo Partido Democrata neste ano. Ela perdeu essa corrida em 2008 para Obama, que era então senador e que mais tarde a fez secretária de Estado do seu governo.
Obama, talvez se dando conta de que as pessoas iriam ver nos seus comentários uma indicação de apoio a Hillary, os amenizou dizendo que ele não sabia quando uma mulher ganharia a Casa Branca.
"Eu não sei quanto tempo vai levar para se chegar lá, mas eu sei que nós estamos nos aproximando desse dia por causa do trabalho de gerações de cidadãos ativos e comprometidos”, declarou ele.
Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, disse que os comentários de Obama indicavam que o país estava pronto para uma mulher presidente, mas ele enfatizou que os candidatos seriam julgados pelos seus valores e políticas.
Obama continua muito popular junto à base de simpatizantes democratas, que o ajudaram a chegar à Casa Branca e a conquistar a reeleição em 2012. Um endosso a Hillary poderia auxiliá-la a derrotar Sanders, que está atrás da ex-primeira-dama na briga para reunir o número de delegados necessários para se tornar o candidato do partido, mas que permanece como um concorrente forte com vitórias nas prévias de vários Estados.