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Democratas enfatizam suas diferenças em imigração com republicanos como Trump

14 out 2015 - 03h17
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Os pré-candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos fizeram questão de se distanciar nesta terça-feira das posições dos republicanos, marcados pela retórica anti-imigrante de Donald Trump, com propostas para melhorar o acesso à educação e à saúde dos imigrantes ilegais, durante o primeiro debate do partido realizado em Las Vegas.

"Precisamos entender que nosso país é feito da chegada de novos americanos, somos uma nação de imigrantes", destacou o ex-governador de Maryland, Martin O'Malley, que fez as propostas mais progressistas sobre imigração no debate.

O'Malley, o primeiro dos democratas em detalhar seu plano migratório, disse que ampliaria o alcance das ações executivas do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que beneficiam 5 dos 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem no país, para que eles possam trabalhar e viver sem o medo da deportação.

Como governador, O'Malley impulsionou uma versão do "Dream Act" (lei que regulariza a situação de jovens imigrantes ilegais) para que os estudantes imigrantes ilegais do estado pagassem o mesmo preço pelas matrículas universitárias que o resto da população estudantil.

O'Malley defendeu hoje essa medida para todo o país, enquanto a favorita Hillary Clinton disse que preferia ver como ela está funcionando nos estados que a implantaram.

"Há tanta diferença entre o que ouvimos aqui com o que os republicanos disseram", destacou Hillary, que elogiou a coragem dos jovens imigrantes ilegais, que chegaram ao país como crianças e que são conhecidos como "dreamers" ("sonhadores").

Durante o debate, poucas foram as menções para o magnata Donald Trump, líder nas pesquisas para a indicação republicana à presidência e que propõe a construção de um muro na fronteira com o México, assim como a expulsão dos 11 milhões de imigrantes ilegais do país.

"Sob minhas políticas, Donald Trump e seus amigos milionários teriam que pagar muito mais dinheiro do que estão pagando hoje", ameaçou Bernie Sanders, senador por Vermont que se apresenta como o grande rival da ex-primeira-dama.

Nas primárias dos partidos, o debate migratório ganhou maior importância por causa, precisamente, dos comentários xenófobos de Trump e da visita aos EUA do papa Francisco, o primeiro pontífice latino-americano, entre os dias 22 e 27 de setembro.

EFE   
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