Trump proíbe "Washington Post" de cobrir atos de campanha
O virtual candidato republicano às eleições nos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira que proibirá os jornalistas de The Washington Post de cobrirem seus atos de campanha, após o jornal escrever um artigo sobre comentários do magnata a respeito do presidente Barack Obama e do massacre ocorrido em uma boate gay em Orlando, na Flórida.
O magnata nova-iorquino decidiu revogar as credenciais de imprensa do "falso e desonesto The Washington Post" com base na "cobertura incrívelmente inexata" do jornal, segundo escreveu em suas contas no Facebook e no Twitter.
A decisão de Trump ocorre após o jornal publicar um artigo sobre comentários do magnata nos quais criticava a resposta de Obama ao massacre deste fim de semana em uma boate em Orlando, onde 50 pessoas morreram - entre elas o agressor - e 53 ficaram feridas.
"Donald Trump parece conectar o presidente Obama ao tiroteio de Orlando", intitulou o jornal, que manteve durante o dia todo o artigo em sua edição digital.
"Estamos sendo liderados por um homem que, ou não é forte, ou não é inteligente, ou tem algo mais em mente", disse Trump em entrevista nesta segunda-feira ao canal Fox News e cujos comentários foram repreoduzidos pelo The Washington Post.
"E esse algo mais em sua mente, as pessoas não podem acreditar que o presidente Obama esteja agindo dessa forma e não possa nem sequer dizer as palavras 'terrorismo islâmico radical'. Tem algo acontecendo, é inconcebível", disse o magnata segundo o jornal.
Em sua conta no Facebook, antes de anunciar o veto aos jornalistas, Trump classificou o jornal como "desonesto" e considerou o título "triste" por supostamente tergiversar seus comentários sobre Obama.