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Jeb Bush critica Obama pela perda de influência dos EUA no mundo

18 fev 2015 - 18h20
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O ex-governador da Flórida, Jeb Bush, potencial candidato republicano à Casa Branca em 2016, qualificou nesta quarta-feira de "inconsistente e indecisa" a política externa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e afirmou que o país "perdeu a confiança" de seus aliados.

Em seu primeiro grande discurso sobre política externa, pronunciado diante de 800 pessoas reunidas em um almoço organizado pelo Conselho de Assuntos Globais de Chicago, Bush se referiu a Obama e à "grande ironia" em que alguém que chegou ao poder com a promessa de um maior compromisso com o mundo "fez com que o país perdesse sua influência".

"Os Estados Unidos não se podem dar ao luxo de retirar-se do mundo, porque nossa segurança, prosperidade e valores exigem que permaneçamos comprometidos e envolvidos frequentemente em lugares muito distantes", comentou.

Segundo disse, "o governo fala, mas as palavras desaparecem. Determina linhas vermelhas, mas depois as apaga. Esta Administração foi inconsistente e indecisa".

Jeb Bush afirmou que os Estados Unidos perderam a confiança de seus aliados e "definitivamente já não inspiramos temor em nossos inimigos".

No discurso, o ex-governador fez uma convocação para se revitalizar o poder militar com um melhor orçamento para armamento, porque, em seu ponto de vista, "as palavras do presidente precisam ser respaldadas pela maior força militar do mundo".

"A fraqueza convida à guerra, enquanto a fortaleza fomenta a paz", expressou.

O ex-governador da Flórida disse ainda que, como filho e irmão de ex-presidentes, tentará seguir seu próprio caminho apesar das comparações.

"Eu amo meu pai (George H. W. Bush) e meu irmão (George W. Bush) e admiro seu serviço à nação e as decisões difíceis que tiveram que fazer", declarou.

"Mas sou uma pessoa independente, e minhas opiniões são formadas com sensatez e experiências próprias", acrescentou Bush, que contará com uma equipe de 21 assessores especialistas em política externa e diplomacia diante de sua possível candidatura presidencial.

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