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Pagar por muro na fronteira "está fora da visão" do México

9 nov 2016 - 13h29
(atualizado às 14h02)
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Reações de jornais mexicanos à eleição de Donald Trump nos EUA
Reações de jornais mexicanos à eleição de Donald Trump nos EUA
Foto: EFE

A chanceler do México, Claudia Ruiz Massieu, disse nesta quarta-feira que pagar o muro que o republicano Donald Trump, vencedor nas eleições presidenciais dos EUA, quer levantar na fronteira comum, está "fora da visão" de seu governo e prometeu estar perto dos mexicanos residentes nesse país.

"O governo do México foi claro e enfático de que pagar por um muro está fora de nossa visão, uma visão de como Estados Unidos e México juntos são mais competitivos, mais capazes de gerar oportunidades para nossa gente", declarou à emissora Televisa.

"Essa é a visão que vamos pôr sobre a mesa ao novo governo (dos EUA.)" que começará em janeiro próximo, apontou a titular das Relações Exteriores.

Reações de jornais mexicanos à eleição de Donald Trump nos EUA
Reações de jornais mexicanos à eleição de Donald Trump nos EUA
Foto: EFE

Além disso, prometeu que o governo estará perto dos mexicanos residentes nos Estados Unidos "neste momento de incerteza", a fim de que se sintam seguros e protegidos.

Perante uma possível chegada desde os Estados Unidos de uma onda de mexicanos após o triunfo de Trump, a chanceler afirmou que "o México está preparado para qualquer situação que se possa apresentar".

"Levamos anos recebendo mais mexicanos que retornam dos Estados Unidos" que os que estão saindo rumo a esse país; o padrão de migração mudou", asseverou.

Reações de jornais mexicanos à eleição de Donald Trump nos EUA
Reações de jornais mexicanos à eleição de Donald Trump nos EUA
Foto: EFE

"Esta é uma relação que ultrapassa a eleição, que não se esgota e nem começa no dia de hoje", afirmou Ruiz Massieu ao destacar que a relação bilateral tem "uma dinâmica institucionalizada com um marco jurídico e normativo muito claro".

O México buscará construir um espaço de diálogo com o novo governo dos EUA para revelar o que lhe "preocupa" e transformar a transição em uma "oportunidade" na relação, disse a ministra, que garantiu que a comunicação com Trump não se interrompeu após sua visita ao país e o México "não interveio" nesse processo eleitoral.

Além disso, anunciou que a rede consular mexicana nos Estados Unidos, com 3.600 trabalhadores, seguirá trabalhando para a "proteção" de seus compatriotas na nação vizinha e a promoção do México nesse território.

EFE   
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