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Premiê do Japão diz ter "grande confiança" em Trump

18 nov 2016 - 00h31
(atualizado às 08h27)
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O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, acredita que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, é um líder em que se pode ter "grande confiança", segundo declarou após a reunião que tiveram nesta quinta-feira em Nova York.

Abe, que fez uma visita de 24 horas e agora segue para Lima, no Peru, onde participará da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-pacífico (Apec), é a personalidade estrangeira que se reúne com Trump após as eleições americanas.

O empresário Donald Trump assumirá a presidência dos Estados Unidos em 2017
O empresário Donald Trump assumirá a presidência dos Estados Unidos em 2017
Foto: Getty Images

Em breves declarações à imprensa após a reunião, Abe descreveu a reunião com Trump como "franca" e "cordial", mas não deu detalhes sobre o que foi discutido, e nem fez a equipe de transição.

"Acredito que sem confiança entre as duas nações, a aliança (entre os dois países) nunca poderia funcionar no futuro", afirmou o primeiro-ministro japonês.

"Como resultado da conversa de hoje, estou convencido que o senhor Trump é um líder em quem posso ter uma grande confiança", disse o governante japonês.

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O encontro durou 90 minutos, segundo fontes da equipe do presidente eleito, e aconteceu na Trump Tower, transformado no quartel-general do magnata em suas gestões para alcançar a formação de seu futuro governo.

Durante a campanha eleitoral, Trump afirmou que o Japão pagaria a despesa dos EUA pela assistência militar que recebem de sua parte.

Além disso, chegou a dizer que Japão e Coreia do Sul têm acesso a armas nucleares para se protegerem das ameaças da Coreia do Norte.

Somado a isso, Trump foi muito crítico com uma série de tratados comerciais dos Estados Unidos, como o que os vincula aos países da América do Norte e o Tratado Transpacífico (TPP), e ameaçou com revisar esse tema quando chegasse à Casa Branca.

Isso causou consternação no Japão e outras países asiáticos, cada vez mais alarmados com o programa nuclear da Coreia do Norte e seus testes com mísseis, condenados mundialmente.

Não foi revelado se esses temas surgiram durante a reunião entre Abe e Trump, já que o primeiro-ministro japonês e nem o presidente eleito deram detalhes a respeito.

Horas antes da reunião, porta-vozes de Trump diminuíram a importância do encontro e lembraram que Barack Obama continua sendo o presidente dos Estados Unidos, e responsável por liderar as relações diplomáticas do país.

"Acredito que uma conversa mais a fundo sobre temas políticos e relações entre Japão e Estados Unidos terá que esperar até depois da inauguração (do mandato de Trump)", afirmou a porta-voz da equipe de transição, Kellyanne Conway.

Em seu discurso, Shinzo Abe também tratou o encontro como uma visita "extra-oficial", que antecede a outra "mais profunda, com temas mais amplos" que os líderes manterão mais adiante.

Embora a princípio tenham informado que a reunião contaria com a participação do vice-presidente eleito, não foi possível confirmar esse dado e, de fato, Mike Pence chegou à Trump Tower vários minutos antes do fim da reunião.

EFE   
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