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Trump aceita nomeação: "seremos um país de lei e ordem"

Candidato republicano à Casa Branca, Trump encerra convenção nacional do partido com discurso acalorado sobre proteção ao povo americano.

22 jul 2016 - 00h56
(atualizado às 07h48)
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Donald Trump durante convenção do partido republicano
Donald Trump durante convenção do partido republicano
Foto: Getty Images

O empresário Donald Trump aceitou oficialmente nessa quinta-feira (21) a indicação como candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos. O anúncio foi realizado num longo discurso durante o encerramento da convenção nacional da legenda em Cleveland.

"Amigos, delegados e compatriotas americanos: eu, com humildade e gratidão, aceito a nomeação à presidência dos Estados Unidos", disse Trump ao subir no palanque, recebendo muitos aplausos. A candidatura foi confirmada na última terça-feira após votação dos delegados republicanos.

O magnata, que possivelmente concorrerá com a democrata Hillary Clinton nas eleições de 8 de novembro, garantiu que levará seu partido "de volta à Casa Branca", assim como os EUA "de volta à segurança, prosperidade e paz". "Seremos um país de generosidade e zelo. Mas também seremos um país de lei e ordem. Não há mais condições de sermos politicamente corretos", completou.

"Imigração descontrolada"

Republicanos comemoram oficialização de Trump como candidato do partido
Republicanos comemoram oficialização de Trump como candidato do partido
Foto: Getty Images

Trump declarou que seu governo será para o povo americano, incluindo aqueles "ignorados pelos políticos". "Homens e mulheres do nosso país, pessoas que trabalham duro, mas já não têm uma voz. Eu sou sua voz", bravou. "Minha mensagem é que as coisas têm que mudar. E têm que mudar agora."

O candidato foi duro quanto à política de imigração. Ele acusou os migrantes ilegais - que "estão sendo liberados em dezenas de milhares em nossas comunidades" - de sobrecarregarem os recursos do país, roubarem os empregos dos americanos e, em alguns casos, cometerem crimes.

Como solução, Trump voltou a falar sobre construir um grande muro ao longo da fronteira com o México para "pôr fim à imigração ilegal, às gangues e à violência e para impedir a entrada de drogas". "Impondo leis para as milhões de pessoas que ficam mais tempo do que seus vistos permitem, nossas leis finalmente receberão o respeito que merecem. A paz será restabelecida", completou.

Quanto aos refugiados, o republicano propôs suspender imediatamente o asilo a todos que venham de países afetados pelo terrorismo, "até que tenhamos mecanismos de controle rigorosos".

Apesar de dizer que terá "compaixão com todos", Trump disse que sua "maior compaixão é com nossos cidadãos lutadores". "Meu plano é exatamente o oposto da política migratória de Hillary Clinton. Os americanos querem um respiro da imigração descontrolada", afirmou.

Ataques a Hillary

Donald Trump aceitou a nomeação para ser oficialmente o candidato republicano à Casa Branca
Donald Trump aceitou a nomeação para ser oficialmente o candidato republicano à Casa Branca
Foto: Getty Images

Trump teceu fortes críticas à rival Hillary, uma resposta aos republicanos que dizem que a melhor maneira de unificar o partido é detalhando por que a democrata não deve ser eleita em novembro.

O candidato acusou a oponente de ter deixado um legado de "morte, destruição, terrorismo e fraqueza" quando foi secretária de Estado. "Após quatro anos de Hillary Clinton, o que nós temos? O EI ["Estado Islâmico"] se espalhou pela região e pelo mundo. A Líbia está em ruínas, e nosso embaixador e sua equipe foram deixados lá, impotentes, para morrer", disse ele.

"Depois de 15 anos de guerras no Oriente Médio, depois de trilhões de dólares gastos e milhares de vidas perdidas, a situação está pior do que estava antes", insistiu Trump, que ainda rechaçou a complacência de Hillary em aceitar milhares de refugiados sírios.

"Hillary Clinton está propondo uma anistia generalizada, uma imigração em massa e uma total falta de respeito às leis. Seu plano irá saturar escolas e hospitais e fará despencarem os empregos e salários", disse. "Isso deixará ainda mais difícil que os migrantes saiam da pobreza."

O discurso de Trump encerrou os quatro dias da convenção nacional do Partido Republicano, marcada por sua tentativa de unificar uma legenda profundamente dividida. Personalidades republicanas importantes, como os ex-presidentes George W. Bush e seu pai, George Bush, e os dois últimos candidatos à Casa Branca, Mitt Romney e John McCain, boicotaram o evento.

EK/afp/dpa/efe/rtr

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