Trump diz que tiro perfurou orelha: 'Senti a bala rasgando a pele'
Ex-presidente dos Estados Unidos acabou atingido durante tiroteio em comício na cidade de Butler, na Pensilvânia
Donald Trump se manifestou pela rede social Truth após tiroteio interromper o seu comício na cidade de Butler, na Pensilvânia. O ex-presidente dos Estados Unidos afirmou que a orelha direita foi atingida por um dos tiros. As imagens do momento do discurso mostram sangue no local. Ele foi atendido em um hospital na região, mas já recebeu alta.
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"Fui atingido por uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita. Eu soube imediatamente que algo estava errado pois ouvi um som de zumbido, tiros, e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Houve muito sangramento, então percebi o que estava acontecendo. DEUS ABENÇOE A AMÉRICA!", diz a mensagem.
No mesmo comunicado, o candidato agradeceu a agilidade da equipe de segurança e prestou solidariedade as famílias das vítimas: "Quero agradecer ao Serviço Secreto dos Estados Unidos e a todas as forças da lei pela rápida resposta ao tiroteio que acabou de ocorrer em Butler, Pensilvânia. Mais importante, quero estender meus pêsames à família da pessoa que foi morta no comício, e também à família de outra pessoa que ficou gravemente ferida. É incrível que um ato como esse possa acontecer em nosso país. Nada se sabe neste momento sobre o atirador, que agora está morto."
Entenda o caso
O ex-presidente Donald Trump foi retirado às pressas do palco, depois que tiros interromperam o comício em que ele discursava neste sábado, 13, em Butler, Pensilvânia. Ele tinha manchas de sangue visíveis na orelha quando foi levado pela equipe de seguranças.
O atirador e um dos apoiadores de Donald Trump que participava do comício foram mortos, informou o promotor do Condado de Butler, Richard Goldinger, ao jornal The Washington Post. Outros dois participantes do comício estão internados em estado grave, informa também a CNN americana.
Trump falava sobre as travessia na fronteira em evento de campanha na Pensilvânia, Estado-chave nas eleições americanas, quando estrondos começaram a ecoar pela multidão. Ele colocou a mão na orelha e se jogou no chão enquanto seus apoiadores nas arquibancadas se abaixavam aos gritos. Rapidamente, a segurança pulou sobre o ex-presidente para protegê-lo.
Após uma breve pausa, Trump se levantou, rodeado por agentes uniformizados do Serviço Secreto. Ele ergueu o punho enquanto era ovacionado pela multidão ao ser retirado do palco e levado para sua comitiva, que rapidamente deixou o local do comício.
Nas redes sociais, seu filho mais velho Donald Trump Jr. escreveu que o pai "nunca vai parar de lutar para salvar a América". A mensagem foi acompanhada por uma foto do ex-presidente sendo retirado do palco.
Os cotados a vice de Trump também se manifestaram rapidamente. Os senadores Doug Burgum (Dakota do Norte), Marco Rubio (Flórida) e JD Vance (Ohio), todas na lista de possíveis companheiros de chapa, expressaram preocupação com o líder republicano.
Rubio compartilhou uma foto tirada quando Trump foi escoltado para fora do palco com o punho no ar e uma mancha de sangue no rosto, juntamente com as palavras: "Deus protegeu o Presidente Trump".
Depois que ele saiu, um grupo de agentes com roupas camufladas escoltou alguém para fora da arquibancada à esquerda do pódio onde Trump discursava.
Steven Cheung, um porta-voz de Trump, disse que o ex-presidente está bem e está sendo examinado em um centro médico local. Ele acrescentou que Trump "agradece às autoridades policiais e aos socorristas por sua rápida ação durante este ato hediondo".
A Casa Branca confirmou que o presidente Joe Biden recebeu um "briefing inicial" sobre o incidente, mas ainda não se pronunciou oficialmente.
Os líderes do Partido Democrata na Câmara e no Senado se solidarizam com Donald Trump. "Estou horrorizado com o que aconteceu no comício de Trump na Pensilvânia e aliviado com o fato de o ex-presidente Trump estar em segurança. A violência política não tem lugar em nosso país", escreveu o senador Chuck Schumer.
O deputado Hakeem Jeffries, disse em nota que seus pensamentos e orações estão com Trump e agradeceu pela ação da polícia. "Os Estados Unidos são uma democracia. Violência política de qualquer tipo nunca é aceitável", escreveu.
"A violência direcionada a qualquer partido político ou líder político é absolutamente inaceitável", escreveu o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, do Partido Democrata, no X. "Isso não tem lugar na Pensilvânia ou nos Estados Unidos." *Com informações do Estadão Conteúdo