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Trump pede perdão por comentários machistas

O candidato à presidência dos EUA disse que são apenas "palavras"

8 out 2016 - 02h53
(atualizado às 10h20)
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O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu neste sexta-feira perdão por algumas declarações polêmicas no ano de 2005, em que ele conta como abusa das mulheres, embora tenha acrescentado dizendo se tratar apenas "palavras".

"Nunca disse que seja perfeito e nunca fingi ser alguém que não sou. Eu tenho dito e feito coisas que me arrependo, e as palavras divulgadas em um vídeo que tem mais de uma década são uma delas", disse Trump, através de um vídeo divulgado em suas redes sociais.

"Qualquer um que me conhece sabe que essas palavras não me definem. Já disse: me equivoquei e peço desculpas", acrescentou o magnata nova-iorquino, em resposta ao escândalo originado após o jornal "The Washington Post" divulgar a gravação.

Donald Trump
Donald Trump
Foto: Getty Images

Em sua declaração, Trump insistiu que disse "algumas coisas estúpidas", embora ressaltou que são apenas "palavras", e atacou o ex-presidente Bill Clinton, esposo de Hillary Clinton, candidata democrata à Casa Branca.

"Há uma grande diferença entre as palavras e as ações de outras pessoas. Bill Clinton abusou de mulheres e Hillary (Clinton) perseguiu, atacou, envergonhou e intimidou suas vítimas", acrescentou Trump.

Além disso, o magnata adiantou que "falará mais" do tema neste domingo, durante o segundo debate presidencial entre ele e Hillary.

Na gravação publicada pelo "The Washington Post", o magnata imobiliário explica, explica, de forma vulgar, como tenta conquistar as mulheres, em uma conversa privada com o apresentador Billy Bush.

"Eu sou automaticamente atraído pela beleza - eu simplesmente começo a beijá-las. É como um imã. Simplesmente beijo. E quando você é famoso elas deixam você fazer isso. Você pode fazer qualquer coisa", afirmou Trump, em uma parte da gravação.

Essas palavras lhe custaram a Trump a rejeição de seus próprios companheiros de partido, entre eles, o governador de Utah, Gary Herbert, que retirou o apoio a sua candidatura e disse que não votará no republicano nas eleições de novembro.

"As declarações de Trump, além de ofensivas, são desprezíveis. Apesar de não poder votar em Hillary Clinton, também não votarei em Trump", disse Herbert, em mensagem publicada em sua conta no Twitter.

EFE   
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