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Trump, Rubio e Carson não subirão salário mínimo se eleitos

11 nov 2015 - 02h20
(atualizado às 10h20)
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Os três pré-candidatos que lideram a corrida para a indicação republicana à Casa Branca em 2016, Donald Trump, Ben Carson e Marco Rubio, deixaram claro nesta terça-feira (10), durante o quarto debate televisivo das primárias do partido, que não elevarão o salário mínimo se chegarem à presidência dos Estados Unidos.

Em debate, Trump (ao centro), Rubio (à esquerda) e Carson (à direita) afirmaram que não vão subir o salário mínimo caso sejam eleitos
Em debate, Trump (ao centro), Rubio (à esquerda) e Carson (à direita) afirmaram que não vão subir o salário mínimo caso sejam eleitos
Foto: Getty Images

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Os três candidatos revelaram, sem rodeios, sua rejeição ao pedido sindical de elevar o salário mínimo federal, que agora está em US$ 7,25 por hora, para US$ 15.

Os conservadores se pronunciaram dessa maneira no mesmo dia em que o governador de Nova York, o democrata Andrew Cuomo, anunciou que a partir de 31 de dezembro aumentará gradualmente, até alcançar os US$ 15 por hora, o salário mínimo de todos os funcionários públicos estaduais, o que transforma Nova York no primeiro estado do país a adotar essa medida.

Perguntado se seguiria os passos de Cuomo em nível federal, o magnata Donald Trump foi taxativo ao assegurar que "não", porque quando existem "salários muito altos, não se pode competir com o mundo".

"Fomos um país grande em todas as frentes, e agora não ganhamos. Os impostos são muito altos, os salários são muito altos. Não podemos competir com o mundo", disse Trump, que lidera as pesquisas republicanas com 24,8% segundo a média elaborada pelo instituto Real Clear Politics.

O neurocirurgião Ben Carson, por sua vez, defendeu sua oposição a aumentar o salário mínimo porque "quando se aumenta o salário, o desemprego cresce para todos, sobretudo os afro-americanos".

"Não elevaria o salário, porque quero ter certeza que as pessoas conseguirão entrar no mercado de trabalho", disse Carson, único concorrente negro nas eleições e o segundo melhor posicionado nos levantamentos de opinião com o 24,4%.

Já o senador da Flórida Marco Rubio, de origem cubana, argumentou que o aumento do salário mínimo "não é a melhor maneira, e sim um desastre".

"Assim faremos com que as pessoas sejam mais caras que uma máquina. O que temos que fazer é transformar os Estados Unidos no melhor lugar para os negócios. Temos que fazer uma reforma tributária, controlar a dívida", opinou o jovem legislador, terceiro colocado nas pesquisas com 11,8%.

Rubio, que começou sua argumentação lembrando, como de costume, a história de superação de seus pais imigrantes, pronunciou uma das frases mais polêmicas do debate ao assegurar que os Estados Unidos "necessitam de mais soldadores do que filósofos", um comentário que causou alvoroço no Twitter.

"Os soldadores ganham mais dinheiro que os filósofos. Necessitamos de mais soldadores e menos filósofos", disse o senador, cujos pais emigraram de Cuba por razões econômicas e trabalharam como garçom e empregada doméstica.

O Milwaukee Theatre de Milwaukee, no estado do Wisconsin, foi o palco nesta terça-feira do quarto debate entre os aspirantes republicanos à indicação para a Casa Branca, organizado pelo canal "Fox Business" e pelo jornal "The Wall Street Journal", e que contou com a participação dos oito pré-candidatos melhor posicionados nas pesquisas de opinião.

EFE   
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