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Veja os últimos números da apuração nas eleições nos EUA

A atenção de eleitores e candidatos está voltada para disputa acirrada em Estados como Michigan, Wisconsin, Pensilvânia, Geórgia e Arizona.

4 nov 2020 - 14h05
(atualizado em 5/11/2020 às 15h56)
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biden e trump em meio a gráficos
biden e trump em meio a gráficos
Foto: BBC News Brasil

Os votos ainda estão sendo contados em diversas partes dos EUA, mas a atenção de candidatos e eleitores está voltada para os principais Estados do campo de batalha que decidirão o pleito presidencial dos Estados Unidos.

Acompanhe a apuração da votação em tempo real

Segundo projeções, Trump venceu na Flórida, em Ohio, no Texas e em Iowa, e na manhã desta quarta-feira (4/11) há disputadas acirradas em andamento no Arizona, na Pensilvânia, em Michigan, no Wisconsin, na Carolina do Norte e na Geórgia.

gráfico sobre estados mais disputados
gráfico sobre estados mais disputados
Foto: BBC News Brasil

O resultado final, principalmente por causa do grande número de votos pelo correio enviados em meio à pandemia de covid-19, pode demorar um ou até mais dias para sair, já que nove Estados ainda não têm vencedor claro. Para ganhar a Presidência, são necessários 270 votos no colégio eleitoral.

O mapa disponível no link abaixo será atualizado com os resultados ao vivo ao longo do dia, e adicionaremos mais gráficos e análises para ajudar a explicá-los à medida que eles surgem.

Como Trump manteve o controle da Flórida

Com quase todos os votos contados, Trump venceu a disputa no Estado da Flórida, com 51% dos votos, antes os 48% de Biden.

O presidente ampliou sua vitória no Estado em relação à eleição de 2016, e Biden não conseguiu melhorar o resultado obtido pela correligionária Hillary Clinton há quatro anos.

gráfico compara resultado de trump na flórida em 2016 e 2020
gráfico compara resultado de trump na flórida em 2016 e 2020
Foto: BBC News Brasil

Estimativas de uma pesquisa boca de urna realizada durante a votação aponta que o presidente obteve 61% dos votos de eleitores brancos na Flórida.

Biden parece ter repetido o desempenho de Hillary com esse grupo demográfico em 2016

Por outro lado, estima-se que o presidente também tenha crescido 12 pontos percentuais entre o eleitorado latino, o que o coloca quase no mesmo patamar de Biden nesse grupo.

Ao analisarmos a divisão por faixa etária, Biden parece ter tido uma parcela maior de votos entre os eleitores idosos.

Os números mais recentes da pesquisa pós-urnas sugerem que ele está sete pontos acima no grupo com mais de 65 anos em comparação com a participação de Clinton em 2016.

Mas esse ganho foi compensado por perdas na faixa etária de 30-44 anos, onde Trump subiu 11 pontos na última vez.

Detalhes importantes das pesquisas de boca de urna

Os números das pesquisas de boca de urna nos EUA dão uma certa ideia de quais são as prioridades dos eleitores e indicam mais ou menos como diferentes grupos demográficos votaram.

Segundo essas cifras, a proporção do total de eleitores brancos caiu seis pontos percentuais em relação a 2016, embora continue sendo o maior grupo étnico no eleitorado.

Além disso, a proporção de eleitores brancos que apoiam Biden aumentou cinco pontos percentuais em relação ao resultado eleitoral de Hillary na última eleição, mas Trump ainda conta com o apoio da maior parcela desse grupo, segundo essas pesquisas de boca de urna.

Enquanto isso, Biden parece ter ganhado apoio entre os eleitores com menos de 30 anos e entre aqueles de meia-idade.

gráfico para boca de urna do eleitorado americano de 2020
gráfico para boca de urna do eleitorado americano de 2020
Foto: BBC News Brasil

As pesquisas de boca de urna são realizadas nos EUA pelo instituto Edison Research e combinam entrevistas no dia da eleição e levantamentos por telefone, que visam representar os eleitores que votaram antecipadamente ou que não votaram.

O que os eleitores pensam sobre os principais temas

Nacionalmente, mais de um terço dos eleitores disseram que a economia é a questão mais importante ao decidirem em quem vão votar para presidente. Além disso, 2 em cada 10 apontam a desigualdade racial em primeiro lugar, e 17%, a pandemia de coronavírus.

No entanto, as questões foram divididas em alinhamento com a filiação partidária, com mais de quatro vezes mais eleitores de Trump dizendo que a economia era o fator decisivo. Para eleitores de Biden, havia peso maior para desigualdade racial e vírus.

Os eleitores dividiram-se em partes iguais ao opinar sobre o desempenho da economia dos EUA, com 48% dizendo que ela estava em "excelente ou bom" estado, e 50% dizendo que "não era tão bom ou ruim".

Da mesma forma, 50% disseram que os EUA estavam indo "um pouco ou muito mal" para conter a pandemia e 48% achavam que o país estava "indo bem ou muito bem".

A possibilidade de fraude eleitoral foi aventada diversas vezes por Trump e sua campanha, mas uma grande maioria dos eleitores (87%) disse aos entrevistadores que estavam confiantes de que os votos em seu Estado seriam contados corretamente.

Metodologia

As pesquisas de boca de urna são compostas de uma pesquisa de urna nacional e 22 pesquisas de urna estadual, que são realizadas pela Edison Research para um grupo de emissoras americanas (ABC, CBS, CNN, NBC).

Para essa pesquisa nacional, um total de 15.590 eleitores que votaram no dia da eleição foram entrevistados em 115 locais de votação logo após votarem. Esta pesquisa também inclui 4.919 eleitores antecipados ou ausentes que foram entrevistados por telefone.

Os dados são então ponderados para serem representativos da população, e ajustados conforme os votos são contados.

Todas as amostras são aproximações do eleitorado total e estão sujeitas a uma margem de erro.

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