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Enfermeira isolada com suspeita de ebola é liberada nos EUA

O Departamento de Saúde de Nova Jersey anunciou em um comunicado que ela “felizmente não teve sintomas nas últimas 24 horas”

27 out 2014 - 17h17
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<p>Hospital onde a enfermeira Kaci Hickox está isolada em Newark, Nova Jersey, nesta segunda-feira</p>
Hospital onde a enfermeira Kaci Hickox está isolada em Newark, Nova Jersey, nesta segunda-feira
Foto: Eduardo Munoz / Reuters

Depois de ser forçada pelo Estado americano de Nova Jersey a ficar em quarentena, uma enfermeira que tratou pacientes com ebola em Serra Leoa teve permissão de voltar para sua casa no Maine, e militares dos Estados Unidos declararam nesta segunda-feira estarem isolando soldados que estão voltando do oeste da África, foco da doença.

Uma dezena de soldados está isolada em uma base militar em Vicenza, na Itália, incluindo o major-general Darryl Williams, que supervisionou a reação inicial das Forças Armadas ao surto de ebola, embora nenhum deles exiba sintomas do vírus que matou quase 5 mil pessoas na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné.

Dezenas de outros soldados serão isolados nos próximos dias à medida que forem substituídos no oeste africano, onde os militares dos EUA vêm montando uma infraestrutura para ajudar as autoridades de saúde a tratarem das vítimas do ebola, declarou o Pentágono. O coronel Steve Warren, porta-voz do Pentágono, descreveu as precauções como “monitoramento intensificado”.

Em um momento no qual os temores com a disseminação do ebola nos EUA continuam altos, um menino de 5 anos que chegou da Guiné exibiu febre baixa e será testado em Nova York, informaram autoridades da cidade, segundo as quais os resultados estarão disponíveis no fim da segunda-feira.

O caso da enfermeira Kaci Hickox, colocada em quarentena na sexta-feira em respeito a uma nova norma de Nova Jersey que extrapola as precauções adotadas pelo governo norte-americano, destacou o dilema que autoridades federais e estaduais estão enfrentando para evitar o contágio do Ebola.

O governador Chris Christie, que vem defendendo a abordagem de seu Estado de colocar automaticamente em quarentena todos os agentes de saúde recém-chegados do trabalho nos três países africanos mais afetados, disse no Twitter que Hickox terá permissão de voltar ao Maine e que pode completar em casa os 21 dias de quarentena, tempo máximo de incubação do vírus.

O Departamento de Saúde de Nova Jersey anunciou em um comunicado que Hickox “felizmente não teve sintomas nas últimas 24 horas” e que, em coordenação com autoridades de saúde federais e seus médicos, “a paciente está recebendo alta”.

“Ela continuará sujeita à quarentena obrigatória de Nova Jersey enquanto estiver no Estado. As autoridades de saúde do Maine foram notificadas de seus arranjos e tomarão uma decisão sobre seu tratamento de acordo com suas próprias leis quando ela chegar”, declarou o departamento.

Segundo a mesma fonte, ela será levada para casa “por uma empresa de transporte particular, não por um meio de transporte coletivo ou em uma aeronave comercial”.

Hickox, primeira agente de saúde colocada em quarentena segundo as novas regras, disse que planeja questionar a medida em uma ação civil, afirmando que o isolamento forçado violou seus direitos constitucionais.

Mas a medida é improvável, afirmou seu advogado nesta segunda-feira.

“Ela ficou discretamente feliz”, disse Steven Hyman, que teria conversado com a enfermeira por telefone. “Ela quer que esta parte de sua provação termine. Quer voltar à sua vida normal.”

O Departamento de Saúde declarou que “inicialmente ela não exibiu sintomas, porém mais tarde teve uma febre”, o que levou à decisão de isolá-la.

Veja como o Ebola ataca o organismo:

Foto: Arte Terra

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