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Entenda como os EUA encontraram e mataram Osama bin Laden

2 mai 2011 - 09h57
(atualizado em 3/5/2011 às 14h52)
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Por quase uma década os Estados Unidos caçaram Osama bin Laden, a cabeça mais almejada pelos serviços de segurança e investigação norte-americanos. Por quase uma década, as informações foram difusas e contraditórias e, pouco mais se sabia além de que o líder da Al-Qaeda estaria escondido, de alguma forma, em algum local entre o Paquistão e o Afeganistão.

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Foto: Reuters

Foi através do principal mensageiro pessoal de Bin Laden que a caçada ao terrorista chegou ao fim neste domingo, 1º de maio. Segundo informações dos jornais The New York Times e The Guardian, tudo começou quando as autoridades investigativas norte-americanas tomaram conhecimento do emissário através de depoimentos de prisioneiros na Baía de Guantánamo.

O caminho para Bin Laden

O mensageiro - cujo nome permanece não revelado - passou a ser conhecido do governo dos EUA há quatro anos, mas somente dois anos depois descobriu-se a região em que ele atuava. Segundo as informações dos jornais, o mensageiro, em quem o terrorista confiava plenamente, era intimamente ligado a Bin Laden.

O passo decisivo veio em agosto do ano passado, quando o serviço de inteligência americano localizou com precisão a base de operações do mensageiro: um composto bélico em Abbottabad, uma cidade de meio porte, localizada a cerca de uma hora da capital paquistanesa, Islamabad. Após muitas semanas de intensa investigação, baseada em relatórios e fotos de satélite, concluiu-se que havia uma "forte chance" de que Bin Laden estivesse escondido numa mansão na cidade. A mansão, acreditam ainda, teria sido construída em 2005 especificamente para esconder o líder da Al-Qaeda.

Desde meados de março - ou seja, há cerca de seis semanas -, Obama participou de cinco encontros, realizados na Casa Branca, nos quais a operação do assalto a Bin Laden foi planejada. Nenhum governo estrangeiro - inclusive o paquistanês - foi avisado dos trabalhos para não prejudicar a operação.

A operação

Contrastando com os 10 anos de buscas incansáveis com o objetivo de coroar a "guerra contra o terror" inaugurada pelo ex-presidente George W. Bush, e após meses de pesado e secreto trabalho investigativo, a caçada a Bin Laden foi um serviço rápido: em apenas 40 minutos, soldados chegaram de helicóptero à mansão de Abbottabad e invadiram a casa.

Um dos principais desafios à operação era a altura e a espessura das paredes da casa, além das cercas de arame farpado que cercavam a residência. A parte principal da mansão tem três andares e poucas janelas. Vivia no local uma família, que, ao longo das investigações, foi identificada como a família de Bin Laden.

Quatro helicópteros americanos decolaram da cidade de Ghazi com tropas de elite e uma unidade de combate ao terrorismo participaram da operação. Quando chegaram à região da mansão, homens subiram ao terraço da mansão e dispararam foguetes. Houve explosões, mas, até agora, foi confirmado que somente um dos helicópteros pousou por problemas mecânicos.

O passo-a-passo da operação ainda não foi esclarecido. Sabe-se que as tropas invadiram a mansão - sem objetivo específico, de acordo com o jornal El País, de assassinar Bin Laden. Após a aproximação e a invasão das tropas, houve trocas de tiros. Bin Laden teria resistido ao ataque, mas acabou morto com um tiro na cabeça.

Na operação também morreu o mensageiro que possibilitou a operação, além de um irmão e um filho do líder. Uma mulher também teria morrido ao ser usada como escudo humano. Quatro crianças e duas mulheres foram levadas em uma ambulância. Após a operação, o helicóptero danificado foi destruído pelos soldados norte-americanos.

Bin Laden foi reconhecido por meio de seu rosto e teve seu corpo posto num helicóptero e levado embora do local. Pouco depois, o líder da Al-Qaeda e maior procurado pelo governo americano, foi sepultado no mar. A localização não foi informada.

Fonte: Terra
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