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Estados do sul aconselham evacuação de áreas litorâneas

27 ago 2012 - 18h27
(atualizado às 19h51)
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Os estados de Louisiana, Mississipi e Alabama pediram nesta segunda-feira aos moradores de regiões litorâneas, incluindo Nova Orleans, que partam para locais mais seguros ou se preparem para a chegada do "Isaac" em forma de furacão amanhã ou na quarta-feira, coincidindo com o aniversário do furacão "Katrina".

"Hoje é o dia para se retirarem, como quiserem fazer, antes da chegada, amanhã, dos ventos fortes e das chuvas intensas", disse o governador da Louisiana, Bobby Jindal, em entrevista coletiva.

"Isaac" se formou no dia 21, atravessou as Antilhas Menores e passou pelo sul de Porto Rico, República Dominicana (onde deixou 5 mortos e 25.845 deslocados), pelo Haiti (onde 19 pessoas morreram e seis estão desaparecidas) e pelo nordeste de Cuba (25 mil retirados).

Ontem à noite, o fenômeno climático passou pelo sul da região de Florida Keys, com ventos a 100 km/h e intensas chuvas que hoje ainda castigavam a Flórida, onde não foram registrados danos graves, embora haja dezenas de milhares de casas sem eletricidade.

Também foram registrados ventos e chuva em Tampa (Flórida), onde hoje foi declarada aberta a 40ª Convenção Republicana.

Os meteorologistas acreditam que a tempestade seguirá avançando em direção ao noroeste pelo Golfo do México, onde ganhará força e poderia atingir alguma região do litoral norte, por isso as costas de Louisiana, Mississipi, Alabama e o noroeste da Flórida se mantêm em alerta.

"Está previsto que ''Isaac'' se transforme em furacão antes de chegar à costa norte do golfo", advertiu hoje o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), o que poderia ocorrer na quarta-feira, quando se completa o sétimo aniversário da tragédia do furacão de categoria máxima "Katrina", o mais custoso e letal da história dos EUA, que deixou 1.800 mortos.

O diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências, Craig Fugate, advertiu hoje que o impacto de "Isaac" afetará uma faixa "muito ampla" do litoral, porque seus ventos são sentidos a 335 quilômetros do centro.

Apesar de a atenção estar voltada para Nova Orleans, "esta não é uma tempestade" nessa cidade, mas "no litoral do Golfo", disse o especialista

Segundo Fugate, o maior impacto pode ser no Alabama e no Mississipi que, assim como Flórida e Louisiana, estão em estado de emergência.

Nos quatro estados está sendo feita a retirada voluntária dos moradores e pede-se que aqueles que têm necessidades especiais, vivem em trailers, áreas baixas ou expostas ou imóveis frágeis saiam.

O governador do Alabama, Robert Bentley, iniciou hoje a evacuação obrigatória dos municípios do litoral, nos condados de Mobile e Baldwin, e das áreas baixas do interior.

Também é obrigatória a evacuação da Louisiana nas regiões dos distritos de Jefferson, St. Charles e Plaquemines Parish, no entanto não há ordem semelhante em Nova Orleans.

O prefeito da cidade, Mitch Landrieu, declarou hoje em entrevista coletiva que, se for necessário, disponibilizará ônibus para a retirada e também encorajou os que quiserem abandonar a cidade.

"Se não estiverem protegidos por diques deveriam considerar seriamente sair", pois "um furacão vai atingir Nova Orleans na terça-feira à noite ou na quarta-feira", disse, embora tenha frisado que não se espera que seja tão destrutivo quanto o "Katrina".

"Nada nos faz crer que não estamos preparados para lidar" com ele, afirmou.

Para os que decidirem ficar, as autoridades aconselham a deixar tudo preparado hoje para enfrentar fortes ventos, chuvas torrenciais, inundações e quedas de energia.

Assim, a população aproveitou o dia de hoje para comprar mantimentos e água, guardar barcos de passeio e objetos de terraços e quintais, e preparar as placas antifuracões para as janelas.

Também foram abertos abrigos, decretou-se o fechamento de escolas e prédios públicos nos próximos dias e convocaram-se equipes de emergência.

"Não queremos as pessoas na estrada correndo riscos, queremos que fiquem em casa cuidando de suas famílias e suas propriedades", explicou Jindal, que reiterou que quem quiser deixar a região e precisar de ajuda, deve pedir: "temos transportes e abrigos de sobra".

No Alabama, 70 militares e pilotos estão de prontidão e mais de 5.100 membros da Guarda Nacional estão à disposição, enquanto no Mississipi a Guarda Nacional está em alerta, e na Louisiana foram mobilizados quase 4.130 soldados da Guarda Nacional e da Aeronáutica.

Enquanto isso, no Golfo do México foi evacuada mais da metade das plataformas de perfuração e de produção petrolífera que estão operando, segundo o Escritório de Segurança e Controle do Meio Ambiente.

EFE   
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