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Estados Unidos confirmam primeiro caso da síndrome Mers

Especialistas se preocupam com violência do vírus, que costuma ser fatal em cerca de um terço das infecções; doença é semelhante à síndrome que matou 800 pessoas na China entre 2002 e 2003

2 mai 2014 - 21h59
(atualizado às 22h06)
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<p>Vírus causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio é visto em micrografia eletrônica do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA</p>
Vírus causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio é visto em micrografia eletrônica do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA
Foto: Reuters

Um funcionário da saúde que viajou à Arábia Saudita se tornou nesta sexta-feira o primeiro caso confirmado nos Estados Unidos da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), uma doença muitas vezes fatal, disseram funcionários dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

O paciente viajou em um voo da British Airways em 24 de abril de Riad a Londres, onde fez uma escala no aeroporto de Heathrow a caminho dos Estados Unidos. Ao chegar a Chicago, ele tomou um ônibus para uma cidade cujo nome não foi revelado, no Estado de Indiana.

Em 27 de abril, ele passou a apresentar problemas respiratórios, além de febre, tosse e falta de ar. De acordo com o Departamento de Saúde de Indiana, o homem visitou a unidade de emergências do Community Hospital, em Munster, em 28 de abril, e foi internado no mesmo dia.

Como ele havia viajado para o exterior, os funcionários da área de saúde fizeram exames relacionados à síndrome e enviaram as amostras aos CDCs, que confirmou a presença do vírus nesta sexta-feira.

A Mers é semelhante à Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) que apareceu na China em 2002-2003 e causou a morte de cerca de 800 pessoas. O vírus foi detectado pela primeira vez na Arábia Saudita em 2002.

A doutora Anne Schuchat, diretora do Centro Nacional para Imunização e Enfermidades Respiratórias dos CDCs, disse em uma conferência telefônica que o primeiro caso da Mers nos EUA era de "grande preocupação devido à sua virulência", já que é fatal em cerca de um terço das infecções.

Ela acrescentou que o caso representa "um risco muito baixo para o público em geral", mas que a Mers costuma se espalhar entre profissionais da saúde e não há tratamentos conhecidos contra o vírus.

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