EUA admitem morte de crianças em campanha contra Isis
Mortes ocorreram em novembro do ano passado, em ataque aéreo contra uma instalação de explosivos
Duas crianças foram mortas, provavelmente, por um ataque aéreo dos Estados Unidos na Síria, em novembro, afirmou o Exército dos EUA nesta quinta-feira (21), na primeira vez em que o Pentágono reconheceu a morte de civis desde que começou uma campanha aérea contra os militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
Dois adultos não-combatentes também ficaram levemente feridos nos ataques aéreos de novembro, que alvejavam uma instalação de explosivos operada pelo Grupo Khorasan, ligado à Al Qaeda, disse o Comando Central das Forças Armadas dos EUA, depois de uma investigação.
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Houve várias dezenas de relatos de vítimas civis na campanha de bombardeio da coalizão, que começou em 8 de agosto, mas a investigação divulgada na quinta-feira foi a primeira vez em que o Exército norte-americano confirmou que as mortes de civis eram prováveis.
Os militares examinaram 46 relatórios separados de vítimas civis, desde 8 de agosto, disse uma porta-voz do Pentágono. Desse número, 35 não eram críveis ou o departamento não tinha informação suficiente para avaliá-los.
Três das alegações, envolvendo três incidentes separados, estão sendo investigadas para determinar a causa das lesões. A credibilidade de seis outras acusações ainda está sendo avaliada, disse ela.
As prováveis mortes admitidas nesta quinta-feira ocorreram em 5 e 6 de novembro, quando aviões dos EUA atingiram uma instalação do Grupo Khorasan perto de Harim City, na Síria, que foi usada para a fabricação de explosivos e bombas improvisadas, de acordo com uma investigação divulgada nesta quinta-feira.
"Nós lamentamos a perda não intencional de vidas", disse o tenente-general James Terry, chefe da força militar liderada pelos Estados Unidos contra o Estado islâmico. "A coalizão continua a tomar todas as medidas razoáveis durante o processo para mitigar os riscos para os não-combatentes."