EUA anunciam retirada quase total de soldados na Ucrânia
Militares serão realocados para outros países da região
Os Estados Unidos retiraram quase todos os soldados do país que ainda estavam na Ucrânia, informou o Pentágono neste sábado (12). "Departamento de Defesa ordenou o reposicionamento das tropas para fora da Ucrânia. Abundância de cautela, segurança e proteção do nosso pessoal continuam sua preocupação primordial.
Continuamos comprometidos com nosso relacionamento com as forças armadas ucranianas", escreveu o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em sua conta no Twitter.
Segundo Washington, foram retirados cerca de 160 treinadores militares, sendo a maior parte da Guarda Nacional da Flórida e cerca de 20 das Forças Especiais, que atuavam em uma base militar próxima à Polônia.
"Esse reposicionamento não constitui uma mudança em nossa determinação de apoiar as forças ucranianas, mas fornecerá alguma flexibilidade para tranquilizar nossos aliados e evitar qualquer agressão", acrescentou Kirby.
Os norte-americanos fornecem treinamento militar às tropas de Kiev desde 2015, quando um cessar-fogo foi firmado para acalmar a tensão entre os separatistas pró-Rússia e as forças oficiais na região do Donbass.
O anúncio ocorre pouco depois de uma tensa conversa telefônica entre o secretário de Estado, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e antes da conversa entre os presidentes das duas nações, Joe Biden e Vladimir Putin.
Desde que a tensão aumentou na região da fronteira ucraniana, os EUA enviaram pequenos contingentes - de cerca de três mil militares cada - e reposicionaram tropas em países próximos à Ucrânia e à Rússia, como Polônia e Romênia.
No entanto, na "guerra" de palavras, Washington afirmou diversas vezes que os russos podem fazer um ataque "a qualquer momento" contra os ucranianos - algo que é chamado de "histeria e alarmismo" por Moscou. .