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EUA aprova ajuda para Ucrânia e sanções contra Rússia

2 abr 2014 - 03h04
(atualizado às 03h12)
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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira, por grande maioria, o pacote de ajuda econômica à Ucrânia, que está dotado com US$ 1 bilhão em garantias de empréstimos, e as sanções em resposta à intervenção russa na península da Crimeia, que também obtiveram o respaldo do Senado na semana passada.

O texto final da lei precisa apenas da assinatura do presidente e inclui US$ 1 bilhão em garantias de empréstimos para as novas autoridades da Ucrânia e mais US$ 150 milhões de assistência direta e sanções pela anexação da Crimeia.

Essas sanções ampliam a lista de pessoas e entidades, tanto russas como ucranianas, já penalizadas por ordens executivas assinadas por Obama nos últimos dias por seu apoio ao Kremlin no processo de anexação da Crimeia.

"Junto com nossos aliados internacionais, continuaremos apoiando o povo da Ucrânia neste momento crítico. Também seguiremos pedindo que os republicanos no Congresso deixem de bloquear reformas importantes no FMI que permitiriam os recursos necessários para que a entidade realize sua missão, alem de ampliar as ferramentas disponíveis para a Ucrânia e outros países", explica a nota da Casa Branca.

O comunicado se refere a uma disposição muito discutida que não será incluída no projeto de lei final e que comportaria a reforma do sistema de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que tem o apoio do governo Obama, mas é rejeitada pelos republicanos.

Os democratas cederam em relação a esse tema nesta semana ao retirar essa disposição da medida introduzida no Senado. Obama e sua equipe tentaram, desde o início deste mês, convencer o Congresso para que incluísse a reforma do FMI de 2010, que ainda não foi ratificada nos EUA, dentro do pacote de ajuda para a Ucrânia, argumentando que o Fundo teria assim mais capacidade para emprestar recursos para as novas autoridades de Kiev.

Os Estados Unidos são o único país que ainda não aprovou a reforma do sistema de cotas no FMI, estipulada em 2010 e estagnada desde então. A reforma, que permitiria duplicar a capacidade de empréstimo da instituição internacional para até US$ 700 bilhões, concede maior peso específico no FMI às economias emergentes como reflexo de seu crescente papel no mundo.

Em relação a esse assunto, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, se mostrou satisfeito, em um comunicado, com o fato de que a lei que está agora na mesa do presidente Obama seja "clara e livre de medidas sem relação (a disposição da reforma do FMI)". 

EFE   
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