EUA convocam reunião com mais de 60 países para combater EI
O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira que organizará no final deste mês uma reunião em nível ministerial com 68 países e organizações regionais para tratar da luta contra o Estado Islâmico (EI) e o jihadismo.
O encontro acontecerá em Washington entre os dias 22 e 23 de março, e incluirá membros da coalizão militar contra o EI liderada pelos EUA desde 2014 na Síria e no Iraque.
O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, destacou que esta reunião será uma grande oportunidade para que o novo chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, aborde com parceiros internacionais modos de avançar na luta contra o EI, não só no plano militar, mas no diplomático, político e financeiro.
Toner assegurou em entrevista coletiva por telefone que a Rússia não terá nenhum papel no encontro, que se centrará em convidar aliados da coalizão militar contra o EI, da Otan, do norte da África e do Oriente Médio.
A reunião ministerial acontecerá no dia 22, enquanto o dia seguinte será focado em outro tipo de encontros destinados a buscar soluções para combater a propaganda e as fontes de financiamento do grupo jihadista, assim como medidas de estabilização para o futuro das áreas que estiveram sob controle do EI.
"Estamos em uma importante fase da luta contra o EI e utilizaremos este encontro ministerial para acelerar os esforços internacionais para derrotar o EI nas áreas nas quais persistem no Iraque e na Síria, e para aumentar a pressão em seus aliados, filiados e suas redes", destacou o porta-voz.
A reunião foi marcada depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu no final de fevereiro opções do Pentágono para acelerar as operações militares contra o EI.
O Pentágono já ordenou aumentar até 900 o número de soldados que operam na Síria, com o objetivo de avançar em direção a Al Raqqa, o principal bastião do EI no país, imerso em uma guerra civil há seis anos.
A reunião de Washington "incluirá detalhadas discussões sobre as prioridades da coalizão em múltiplas frentes, inclusive a militar, no relativo à luta contra os combatentes estrangeiros, antiterrorismo, financiamento, propaganda e estabilização", acrescentou Toner.